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DE OLHO NO LUCRO
Britânicos querem
investir na região
de Londres
A reconstrução dos Bálcãs está
na mira dos investidores britânicos. Empresas de construção, telecomunicações, eletricidade e abastecimento de água foram convocadas para discussões com o governo
pelo ministro Stephen Byers (Indústria e Comércio).
A preocupação da Inglaterra em
tomar à frente na corrida para firmar contratos na reconstrução da
região deve-se, segundo analistas,
ao temor de que se repitam os erros que aconteceram logo após os
conflitos da Bósnia e a Guerra do
Golfo, quando as empresas britânicas perderam tempo e oportunidades de contratos para os EUA.
"Acho que a União Européia vai
tomar a frente no processo em relação aos EUA. Será uma afirmação do continente como bloco econômico forte, disse à Folha Michael Wright, do Business Monitor
International, empresa de consultoria econômica.
Wright, especialista em economia dos Bálcãs, acha que, a princípio, os investimentos devem rumar para os países vizinhos.
"A Macedônia está atraindo interesse dos investidores, pois possui
melhor infra-estrutura do que a
Albânia e uma economia mais saudável, além de uma imagem política positiva deixada pela participação do governo no conflito."
Quanto a Albânia e Kosovo,
Wright acha que o momento ainda
é de precaução. "Os empresários
não vão firmar contratos na região
antes de terem certeza de uma segurança política mínima. A nova
configuração administrativa na Iugoslávia, com a permanência ou
não de Milosevic, determinará se
haverá investimentos maciços em
Kosovo ou não."
Para Richard Basset, especialista
em política do Instituto Jane's Defence, a Europa absorverá bem o
impacto. "Veremos a mesma reconstrução que houve depois da
Segunda Guerra só que num espaço de tempo muito mais curto. Em
menos de dez anos, a Europa terá
absorvido política e economicamente a região."
(SC)
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