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Filipinas aceitam retirar tropa, diz TV
DA REDAÇÃO
O governo filipino aceitou a exigência dos terroristas que seqüestraram um cidadão do país no
Iraque e vai "retirar sua tropa do
país o mais rápido possível", segundo as TVs CNN, dos EUA, e Al
Jazira, de Qatar. A CNN, que citou
fontes diplomáticas filipinas sem
revelar nomes, afirmou que o refém seria "libertado em breve".
Os terroristas que ameaçavam
decapitar o caminhoneiro Angelo
de la Cruz haviam estendido em
24 horas, até a noite de ontem, o
prazo para Manila anunciar que
retiraria antes do próximo dia 20
os 51 soldados que mantém no
país. O governo filipino anunciara
que não ampliaria a estada da tropa, que termina oficialmente em
20 de agosto, mas os terroristas
aumentaram a demanda.
A Al Jazira exibiu imagens do
vice-chanceler filipino lendo um
comunicado traduzido pela rede
para o árabe. "Em nome do povo
filipino, da humanidade, da família de De la Cruz e de seus oito filhos, o governo das Filipinas está
implorando pela sua libertação",
disse Rafael Seguis segundo a tradução. "Em resposta à demanda,
as Filipinas vão retirar sua força
humanitária o mais rápido possível." Ele não citou datas.
Na semana passada, o mesmo
canal exibiu um vídeo feito pelos
insurgentes no qual De la Cruz
implorava por sua vida e pedia
que a presidente Gloria Macapagal Arroyo cedesse à demanda.
"Aconselho meus colegas na empresa saudita e os filipinos a não
virem para cá, pois há muitos problemas", dizia ele no vídeo.
De la Cruz, 46, trabalhava para
uma empresa saudita e desapareceu perto de Fallujah, no oeste do
país. Além dele, seguem desaparecidos dois caminhoneiros búlgaros. Sófia dissera anteontem ter
provas de que eles estavam vivos.
Embaixada da França
A França anunciou o restabelecimento de seus laços diplomáticos com o Iraque, rompidos após
a Guerra do Golfo (1991), e reabriu sua embaixada em Bagdá. Os
dois países devem trocar embaixadores em breve.
O ex-ditador Saddam Hussein
rompeu com a França em 1991,
depois de Paris se unir à coalizão
que forçou a retirada iraquiana do
Kuait. No ano passado, a França
se opôs à invasão do Iraque e se
recusou a contribuir militarmente para a Força Multinacional que
segue no país.
A ONU anunciou o diplomata
paquistanês Ashraf Jehangir Qazi,
que comanda a Embaixada do Paquistão em Washington, como
seu máximo representante em
Bagdá. Qazi, 62, substituirá o brasileiro Sérgio Vieira de Mello,
morto em agosto passado em um
atentado contra a sede da entidade em Bagdá.
Com agências internacionais
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