São Paulo, terça-feira, 13 de julho de 2004

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Filipinas aceitam retirar tropa, diz TV

DA REDAÇÃO

O governo filipino aceitou a exigência dos terroristas que seqüestraram um cidadão do país no Iraque e vai "retirar sua tropa do país o mais rápido possível", segundo as TVs CNN, dos EUA, e Al Jazira, de Qatar. A CNN, que citou fontes diplomáticas filipinas sem revelar nomes, afirmou que o refém seria "libertado em breve".
Os terroristas que ameaçavam decapitar o caminhoneiro Angelo de la Cruz haviam estendido em 24 horas, até a noite de ontem, o prazo para Manila anunciar que retiraria antes do próximo dia 20 os 51 soldados que mantém no país. O governo filipino anunciara que não ampliaria a estada da tropa, que termina oficialmente em 20 de agosto, mas os terroristas aumentaram a demanda.
A Al Jazira exibiu imagens do vice-chanceler filipino lendo um comunicado traduzido pela rede para o árabe. "Em nome do povo filipino, da humanidade, da família de De la Cruz e de seus oito filhos, o governo das Filipinas está implorando pela sua libertação", disse Rafael Seguis segundo a tradução. "Em resposta à demanda, as Filipinas vão retirar sua força humanitária o mais rápido possível." Ele não citou datas.
Na semana passada, o mesmo canal exibiu um vídeo feito pelos insurgentes no qual De la Cruz implorava por sua vida e pedia que a presidente Gloria Macapagal Arroyo cedesse à demanda. "Aconselho meus colegas na empresa saudita e os filipinos a não virem para cá, pois há muitos problemas", dizia ele no vídeo.
De la Cruz, 46, trabalhava para uma empresa saudita e desapareceu perto de Fallujah, no oeste do país. Além dele, seguem desaparecidos dois caminhoneiros búlgaros. Sófia dissera anteontem ter provas de que eles estavam vivos.

Embaixada da França
A França anunciou o restabelecimento de seus laços diplomáticos com o Iraque, rompidos após a Guerra do Golfo (1991), e reabriu sua embaixada em Bagdá. Os dois países devem trocar embaixadores em breve.
O ex-ditador Saddam Hussein rompeu com a França em 1991, depois de Paris se unir à coalizão que forçou a retirada iraquiana do Kuait. No ano passado, a França se opôs à invasão do Iraque e se recusou a contribuir militarmente para a Força Multinacional que segue no país.
A ONU anunciou o diplomata paquistanês Ashraf Jehangir Qazi, que comanda a Embaixada do Paquistão em Washington, como seu máximo representante em Bagdá. Qazi, 62, substituirá o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto em agosto passado em um atentado contra a sede da entidade em Bagdá.


Com agências internacionais

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