São Paulo, terça-feira, 13 de julho de 2010

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ANÁLISE

Libertação de presos abre espaço para forças progressistas atuarem em Cuba

OSCAR ESPINOSA CHEPE

Com a libertação de 52 prisioneiros de consciência, aumentam as probabilidades de a Igreja Católica e o governo, em conversações entre cubanos e com a paulatina incorporação de membros da sociedade civil, conseguirem projetar um novo modelo de gestão racional, com justiça social e solidariedade. A medida pode também facilitar a melhora das relações de Cuba com os Estados Unidos e a União Europeia.

REAÇÃO
Podem ser esperados efeitos positivos nos vínculos com a América Latina, especialmente o Brasil, que deve abrir-se mais à sociedade cubana em seu conjunto.
Embora as forças conservadoras sejam mais minoritárias a cada dia que passa, ainda são influentes e continuarão a esforçar-se para impedir o respeito pelas opiniões diversas, a participação ativa de todos os cubanos e as mudanças econômicas, políticas e sociais sem exclusões.
Cuba vive um momento crucial de sua história. Há possibilidades reais de saída da crise e de começar a trilhar o caminho democrático e progressista. É necessária apenas a vontade política de liberar os potenciais criativos e de trabalho dos cubanos para reconstruir o país e criar um futuro digno para todos.

OSCAR ESPINOSA CHEPE é economista e jornalista independente.

Tradução de CLARA ALLAIN



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