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ANÁLISE
Libertação de presos abre espaço para forças progressistas atuarem em Cuba
OSCAR ESPINOSA CHEPE
Com a libertação de 52 prisioneiros de consciência, aumentam as probabilidades
de a Igreja Católica e o governo, em conversações entre
cubanos e com a paulatina
incorporação de membros da
sociedade civil, conseguirem
projetar um novo modelo de
gestão racional, com justiça
social e solidariedade.
A medida pode também facilitar a melhora das relações
de Cuba com os Estados Unidos e a União Europeia.
REAÇÃO
Podem ser esperados efeitos positivos nos vínculos
com a América Latina, especialmente o Brasil, que deve
abrir-se mais à sociedade cubana em seu conjunto.
Embora as forças conservadoras sejam mais minoritárias a cada dia que passa,
ainda são influentes e continuarão a esforçar-se para impedir o respeito pelas opiniões diversas, a participação ativa de todos os cubanos e as mudanças econômicas, políticas e sociais sem
exclusões.
Cuba vive um momento
crucial de sua história. Há
possibilidades reais de saída
da crise e de começar a trilhar
o caminho democrático e
progressista. É necessária
apenas a vontade política de
liberar os potenciais criativos
e de trabalho dos cubanos
para reconstruir o país e criar
um futuro digno para todos.
OSCAR ESPINOSA CHEPE é economista e
jornalista independente.
Tradução de CLARA ALLAIN
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