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Após 7 anos, Israel nomeia cônsul-geral em São Paulo
Brasileiro Ilan Sztulman ocupará o posto; consulado havia sido fechado em 2003 por contenção de custos
Nomeação faz parte de nova diretriz, que inclui aproximação com os Brics e visita do premiê israelense ao Brasil
DE JERUSALÉM
Depois de sete anos sem
representação diplomática
na cidade, Israel nomeou um
cônsul-geral para São Paulo
-e ele é brasileiro.
Ilan Sztulman, 52, foi escolhido pessoalmente pelo
chanceler Avigdor Liberman, que considera a aproximação com os países do Bric
(Brasil, Rússia, Índia e China) prioridade estratégica.
Dentro dessa mudança de
diretriz, foi decidida a reabertura do consulado em São
Paulo, fechado em 2003 por
contenção de custos, e está
prevista para agosto a ida ao
Brasil do premiê Binyamin
Netanyahu, primeira visita
oficial de um chefe de governo israelense ao país.
Mesmo sem ter sido anunciada oficialmente, a viagem
aparece nas agendas do Itamaraty e da Chancelaria de
Israel no dia 11 de agosto.
Com a escolha de Sztulman, nascido em São Paulo
-onde viveu até imigrar para
Israel, aos 18 anos-, Israel
aposta em seu conhecimento
dos dois países para incrementar as relações bilaterais.
"O Brasil é uma potência, e
Israel vê o país como uma de
suas prioridades nos próximos anos", disse.
Nos últimos anos, Sztulman especializou-se em
"hasbarah" (explicação, em
hebraico), a diplomacia pública para melhorar a reputação do país no exterior.
INVESTIGAÇÃO
Um dos episódios que
mais causaram danos à imagem de Israel recentemente
teve a primeira investigação
interna finalizada pelo Exército, que divulgou ontem um
resumo dos resultados.
O inquérito sobre a interceptação de uma frota que
tentava furar o bloqueio a Gaza concluiu que o comando
israelense cometeu erros de
planejamento na ação, que
deixou nove ativistas mortos.
Devido a falhas na coleta
de inteligência, diz a investigação, militares que abordaram o navio turco Mavi Marmara não sabiam que os ativistas estavam dispostos a
reagir com violência.
Por isso, o uso de armas de
fogo para contê-los foi considerado justificável.
A Turquia exige um pedido oficial de desculpas de Israel. Caso contrário, ameaça
romper relações com o país.
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