São Paulo, terça-feira, 13 de julho de 2010

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Após 7 anos, Israel nomeia cônsul-geral em São Paulo

Brasileiro Ilan Sztulman ocupará o posto; consulado havia sido fechado em 2003 por contenção de custos

Nomeação faz parte de nova diretriz, que inclui aproximação com os Brics e visita do premiê israelense ao Brasil

DE JERUSALÉM

Depois de sete anos sem representação diplomática na cidade, Israel nomeou um cônsul-geral para São Paulo -e ele é brasileiro.
Ilan Sztulman, 52, foi escolhido pessoalmente pelo chanceler Avigdor Liberman, que considera a aproximação com os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) prioridade estratégica.
Dentro dessa mudança de diretriz, foi decidida a reabertura do consulado em São Paulo, fechado em 2003 por contenção de custos, e está prevista para agosto a ida ao Brasil do premiê Binyamin Netanyahu, primeira visita oficial de um chefe de governo israelense ao país.
Mesmo sem ter sido anunciada oficialmente, a viagem aparece nas agendas do Itamaraty e da Chancelaria de Israel no dia 11 de agosto.
Com a escolha de Sztulman, nascido em São Paulo -onde viveu até imigrar para Israel, aos 18 anos-, Israel aposta em seu conhecimento dos dois países para incrementar as relações bilaterais.
"O Brasil é uma potência, e Israel vê o país como uma de suas prioridades nos próximos anos", disse.
Nos últimos anos, Sztulman especializou-se em "hasbarah" (explicação, em hebraico), a diplomacia pública para melhorar a reputação do país no exterior.

INVESTIGAÇÃO
Um dos episódios que mais causaram danos à imagem de Israel recentemente teve a primeira investigação interna finalizada pelo Exército, que divulgou ontem um resumo dos resultados.
O inquérito sobre a interceptação de uma frota que tentava furar o bloqueio a Gaza concluiu que o comando israelense cometeu erros de planejamento na ação, que deixou nove ativistas mortos.
Devido a falhas na coleta de inteligência, diz a investigação, militares que abordaram o navio turco Mavi Marmara não sabiam que os ativistas estavam dispostos a reagir com violência.
Por isso, o uso de armas de fogo para contê-los foi considerado justificável.
A Turquia exige um pedido oficial de desculpas de Israel. Caso contrário, ameaça romper relações com o país.


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