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TERRA DE NINGUÉM
Musharraf admite que há base do Taleban no Paquistão
DA REDAÇÃO
Sob pressão americana para reprimir bases de grupos
islâmicos radicais em seu
país, o ditador paquistanês,
general Pervez Musharraf,
compareceu ontem ao encerramento da reunião de líderes tribais do Afeganistão
e do Paquistão em Cabul. A
reunião foi promovida pelo
governo afegão para obter o
apoio dos líderes no combate
à guerrilha do grupo fundamentalista Taleban.
Musharraf -que no meio
da semana passada anunciara que não compareceria
pessoalmente ao encontro-
admitiu pela primeira vez
que combatentes do Taleban
se abrigam no Paquistão antes de realizar ataques no
Afeganistão. O ditador disse
ainda que os dois países são
confrontados "por uma forma particularmente sombria" de terrorismo.
Musharraf decidiu participar do encontro após pedidos da secretaria de Estado
dos EUA, Condoleezza Rice,
e do presidente afegão, Hamid Karzai. "O Afeganistão
confia em seu vizinho", disse
Karzai. A relação entre os
dois líderes pareceu mais
amistosa que no passado,
quando se acusavam de não
fazer o suficiente contra o
terrorismo. Em 2006, Karzai
e Musharraf não se cumprimentaram na frente de jornalistas, em encontro na Casa Branca.
O general, que tomou o poder em 1999 e pretende ser
reeleito presidente pelo
Congresso, também enfrenta desgaste político interno
por causa da violência. Segundo a revista "Economist",
300 pessoas morreram em
julho no país, em ataques
suicidas e combates contra
militantes islâmicos. Washington afirma que a Al Qaeda está se reagrupando na
porosa fronteira entre Afeganistão e Paquistão.
Chefes tribais do Waziristão, no Paquistão, não participaram do encontro em Cabul alegando temer represálias do Taleban.
Com agências internacionais
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