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TAILÂNDIA
Ex-premiê desiste de novo mandato; protestos persistem
DA REDAÇÃO
A crise política tailandesa
se aprofundou ontem, quando Samak Sundaravej, primeiro-ministro afastado
nesta semana pela Justiça
por ter mantido seu programa de culinária na TV após
assumir o cargo, anunciou
que não pretende mais voltar
à chefia do governo.
Manifestantes de oposição, que cercam seu gabinete
desde 26 de agosto, prometendo de início desistir quando ele deixasse o posto,
anunciaram ontem que apenas dariam trégua quando
todos os atuais ministros fossem exonerados.
A desistência de Samak se
deve à reação de facções do
governista Partido do Poder
Popular -com 233 deputados numa Câmara de 480 assentos- e de seus parceiros
de coalizão, que não desejavam seu retorno ao poder,
com base em decisão judicial
que constatou "conflito de
interesses" entre o cargo e o
programa de TV.
Partidários de Samak, que
acreditavam existir no caso
uma infração menor, tentaram ontem reconduzi-lo, em
sessão especial do Parlamento que foi, no entanto, boicotada pela maioria de sua antiga base em plenário, temerosa de um golpe militar.
Segundo um dos assessores do ex-premiê, Thirapol
Noprampa, a atual prioridade é proteger a democracia e
deixar ao PPP a decisão de
escolher um sucessor. Apesar de experiente, o ex-premiê é acusado de se opor a
segmentos poderosos da sociedade tailandesa durante
seus 40 anos de carreira política. Ele é criticado pela mídia e pelos militares.
Ele já havia abandonado a
política ao ser convocado para liderar o partido pelo ex-primeiro-ministro Thaksin
Shinawatra, deposto pelos
militares há dois anos.
São citados como prováveis sucessores um cunhado
de Thaksin, Somchai Wongsawat, e Surapont Suebwonglee, ministro das Finanças.
Com agências internacionais
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