São Paulo, sábado, 13 de setembro de 2008

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TAILÂNDIA

Ex-premiê desiste de novo mandato; protestos persistem

DA REDAÇÃO

A crise política tailandesa se aprofundou ontem, quando Samak Sundaravej, primeiro-ministro afastado nesta semana pela Justiça por ter mantido seu programa de culinária na TV após assumir o cargo, anunciou que não pretende mais voltar à chefia do governo.
Manifestantes de oposição, que cercam seu gabinete desde 26 de agosto, prometendo de início desistir quando ele deixasse o posto, anunciaram ontem que apenas dariam trégua quando todos os atuais ministros fossem exonerados.
A desistência de Samak se deve à reação de facções do governista Partido do Poder Popular -com 233 deputados numa Câmara de 480 assentos- e de seus parceiros de coalizão, que não desejavam seu retorno ao poder, com base em decisão judicial que constatou "conflito de interesses" entre o cargo e o programa de TV.
Partidários de Samak, que acreditavam existir no caso uma infração menor, tentaram ontem reconduzi-lo, em sessão especial do Parlamento que foi, no entanto, boicotada pela maioria de sua antiga base em plenário, temerosa de um golpe militar.
Segundo um dos assessores do ex-premiê, Thirapol Noprampa, a atual prioridade é proteger a democracia e deixar ao PPP a decisão de escolher um sucessor. Apesar de experiente, o ex-premiê é acusado de se opor a segmentos poderosos da sociedade tailandesa durante seus 40 anos de carreira política. Ele é criticado pela mídia e pelos militares.
Ele já havia abandonado a política ao ser convocado para liderar o partido pelo ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto pelos militares há dois anos.
São citados como prováveis sucessores um cunhado de Thaksin, Somchai Wongsawat, e Surapont Suebwonglee, ministro das Finanças.

Com agências internacionais



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