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Novo ataque suicida mata 41 no Paquistão
Atentado é a quarta ação terrorista de grande porte no país em apenas uma semana, sinalizando contraofensiva a Islamabad
Ataque não foi reivindicado, mas ocorre dois dias depois de invasão de quartel militar pelo Taleban; presidente diz que ações não conterão país
DA REDAÇÃO
Ataque suicida a um comboio
militar em frente a um mercado popular no noroeste do Paquistão matou ontem ao menos
41 pessoas e deixou outras 45
feridas. O atentado é o quarto
em uma semana e segue-se a
recente ameaça do Taleban de
lançar nova ofensiva no país.
Segundo autoridades locais,
um homem-bomba detonou os
explosivos contra três veículos
militares que passavam pelo local, no distrito de Shangla (noroeste) -próximo ao Swat, bastião insurgente alvo de ofensiva
militar iniciada em abril. A ação
não teve a autoria reivindicada.
O presidente do Paquistão,
Asif Ali Zardari, disse que "esses ataques não nos deterão em
nossa ofensiva contra os insurgentes". Das vítimas do atentado, 35 eram civis, e 6, militares.
A ação terrorista ocorre apenas dois dias após a invasão por
insurgentes de um importante
quartel do Exército em Rawalpindi e a manutenção de reféns
no local por mais de 20 horas,
debelada apenas depois de operação militar que resgatou 39
deles. Morreram na ação 9 terroristas, 9 militares e 3 reféns.
O ataque foi reivindicado pelo Taleban, que alertou ser apenas o início de uma nova ofensiva em retaliação à morte do líder do grupo no país, Baitullah
Mehsud, em agosto, e após o relativo sucesso de Islamabad em
impor recuos ao grupo radical
islâmico na região do Swat, de
onde os insurgentes lançam
ofensivas contra as forças ocidentais no vizinho Afeganistão.
De acordo com o porta-voz
do Exército paquistanês, Athar
Abbas, os terroristas pretendiam sequestrar altos oficiais
para negociar a libertação de líderes do grupo radical islâmico
atualmente presos no país.
Na última sexta, a explosão
de um carro-bomba já vitimara
ao menos 49 pessoas em Peshawar, principal cidade da região
de fronteira com o Afeganistão.
E há uma semana cinco funcionários da ONU haviam morrido
em ataque suicida a uma missão da organização na capital.
A recente onda de ataques sinaliza uma articulação do Taleban com grupos insurgentes de
outras regiões, o que pode representar novo desafio a Islamabad. Ocorre ainda às vésperas da "iminente", segundo o
governo, extensão da ofensiva
militar do Swat para o Waziristão do Sul, outro bastião insurgente também na divisa afegã.
Com agências internacionais
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