DA REDAÇÃO

Pelo menos 19 pessoas -18 rebeldes e um policial- foram mortas na madrugada de ontem em Abidjã, principal cidade da Costa do Marfim, em incidentes distintos. O saldo de vítimas é o mais alto desde setembro, quando rebeldes tentaram tomar o poder e deram início a um confronto que deixou cerca de 300 mortos.
Apesar de ter sido assinado um acordo pelo fim da guerra civil no país, que dura desde 1999, forças rebeldes dominam o norte da Costa do Marfim, enquanto o governo controla o sul.
O local em que os dois lados se tocam é patrulhado por cerca de 4.000 soldados franceses e 1.200 do oeste da África.
O principal ataque de ontem, que deixou 18 mortos, ocorreu quando um grupo não identificado atacou policiais em um cruzamento em um bairro residencial, perto da estação estatal de TV. Durou quase duas horas e meia.
"Essa situação, extremamente séria, tem de ser esclarecida", disse o ministro da Defesa, Rene Amani, em um discurso transmitido pela TV. Mais tarde, em outro discurso televisivo, ele afirmou que a situação estava sob controle.
Imagens exibidas pela rede estatal mostraram quatro corpos cobertos de sangue no local do confronto. Ao menos um deles trazia amuletos que, segundo a crença local, protegem seu portador.