DA ASSOCIATED PRESS

O principal negociador palestino, Ahmed Qureia, revelou ontem que, em sua última oferta, Israel propôs anexar 6,8% da Cisjordânia e se comprometeu a receber 5.000 refugiados em cinco anos. Segundo ele, o governo israelense não revelou sua proposta para Jerusalém, cujo setor oriental (árabe) os palestinos reivindicam como capital de seu futuro Estado.
Qureia disse que a oferta era inaceitável. Se criado na Cisjordânia e em Gaza, o Estado palestino deve compreender 22% da Palestina histórica -correspondente às fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967. A Autoridade Nacional Palestina admite a anexação de parte das colônias israelenses perto de Jerusalém, desde que haja compensação territorial e em escala muito menor do que a proposta por Israel.
Ao divulgar a oferta, Qureia quis deixar público o estágio das negociações antes da posse de Barack Obama, nos EUA, e das eleições israelenses de 10 de fevereiro. O favorito na disputa é o ex-premiê Binyamin Netanyahu, do partido de direita Likud.
As negociações, relegadas durante o governo Bush nos EUA, foram retomadas sem sucesso a partir do final de 2007.


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