São Paulo, domingo, 13 de dezembro de 2009

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Saída da recessão pós-crise não encerra desafios econômicos

DO ENVIADO A SANTIAGO

Às vésperas de ser o primeiro país latino-americano a ingressar na OCDE (o clube dos países ricos), o Chile comemora a saída da recessão pós-crise mundial, mas ainda busca os caminhos para retomar os níveis de crescimento dos anos 90. A economia é mais sólida do que a de muitos vizinhos, mas não cresce mais a taxas "asiáticas" como na década passada.
Se o PIB chileno avançou a uma média anual de 6,6% nos anos 90 e a 4,3% na primeira metade desta década, o ritmo caiu a 2,7% sob Bachelet, em grande parte pela interrupção na elevação da produtividade.
É consenso no país que o gasto público subiu mais rápido do que a capacidade do governo de gastar dinheiro corretamente. Exemplos são o rombo de US$ 560 milhões no Ministério da Educação e o fracasso na reestruturação do transporte público de Santiago.
Para uma economia dependente de preço de commodities, o impacto da crise foi até baixo -a previsão é que a economia encolha 1,6% em 2009. Daí a alta aprovação à condução de Bachelet na crise. Fica para o próximo governo o desafio de acelerar o crescimento e diminuir o deficit público que veio com o disparo dos gastos para combater a crise. (TG)


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