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Venezuelano prioriza pleito regional e não descarta novo referendo
DA REDAÇÃO
O presidente da Venezuela,
Hugo Chávez, voltou-se para as
eleições regionais deste ano,
em seu discurso no congresso
de fundação do Partido Socialista Unido de Venezuela
(PSUV). A nova agremiação
reúne antigos partidos simpatizantes do governo, que reflete a
hegemonia de Chávez, único
orador da cerimônia de sábado,
na esquerda venezuela.
Na fundação do que chamou
de "maior partido político dos
últimos 150 anos de história venezuelana", Chávez ressaltou a
importância da "batalha de todos os dias" para as eleições de
outubro e voltou a falar sobre o
referendo de reforma constitucional. A rejeição à reforma,
que aumentaria os poderes do
Executivo e permitiria reeleição ilimitada para presidente,
foi a primeira derrota eleitoral
significativa do governo.
"Joguei e perdi", lamentou
Chávez, que não descarta a possibilidade de reverter a derrota
até o fim do mandato, em 2013.
"Vocês sabem que o povo tem a
possibilidade de iniciar uma
ação política referendária, isso
depende de vocês", disse o presidente aos quase 1.700 delegados presentes na sessão inaugural do partido. A Constituição de 1999 exige a assinatura
de 15% dos eleitores para a convocação de um referendo -o
que, para PSUV, que afirma ter
recebido 5,3 milhões de pedidos de inscrição, é um número
relativamente modesto.
Apesar da evidente centralização em torno de si mesmo,
Chávez criticou o personalismo
e disse que "o interesse da revolução [bolivariana]" determinará a escolha dos candidatos
nas próximas eleições. A permanência dele na Presidência
está entre esses interesses, segundo Chávez. A reeleição contínua, afirmou, é "útil e neste
momento necessária".
Com agências internacionais
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