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ESTADOS UNIDOS
Ao menos 121 veteranos se envolveram em homicídios
DA REDAÇÃO
Levantamento do "New
York Times" publicado ontem revelou que pelo menos
121 veteranos das guerras do
Iraque e do Afeganistão cometeram assassinato ou foram acusados de envolvimento nesse crime ao voltarem aos EUA.
Segundo a análise do jornal, três quartos desses veteranos ainda estavam no
Exército na época dos homicídios. Mais da metade deles
envolveu o uso de armas de
fogo e o resto foi resultado de
facadas, afogamentos e acidentes de carro.
Um terço dos criminosos
eram parentes ou tinham alguma relação com as vítimas.
A maioria eram namoradas,
esposas e crianças.
Entre elas, a menina Krisiauna Calaira Lewis, 2. O pai
dela, de 20 anos, a jogou contra a parede quando estava se
recuperando, no Texas, da
explosão de uma bomba perto de Falluja, que atingiu
seus pés e a cabeça.
Mas os integrantes das
Forças Armadas também estão entre as vítimas. Eles
contabilizam 25% dos mortos, incluindo o soldado Richard Davis, que foi esfaqueado e incendiado por
seus companheiros de combate um dia depois de todos
eles voltarem do Iraque.
Acredita-se que a violência
seja desencadeada pelo estresse vivido durante a guerra, que leva a transtornos de
ansiedade, a dificuldade para
lidar com sentimentos como
tristeza, culpa e raiva e ao vício em álcool e drogas.
O Pentágono, que não tem
estudo semelhante, não quis
comentar os dados. O tenente-coronel Les Melnyk questionou os métodos utilizados
pela reportagem. O jornal diz
ter feito levantamento de
matérias locais, análise de
documentos da polícia e do
Exército, além de entrevistas
com os advogados e as famílias tanto das vítimas quanto
dos acusados.
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