São Paulo, segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

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ESTADOS UNIDOS

Ao menos 121 veteranos se envolveram em homicídios

DA REDAÇÃO

Levantamento do "New York Times" publicado ontem revelou que pelo menos 121 veteranos das guerras do Iraque e do Afeganistão cometeram assassinato ou foram acusados de envolvimento nesse crime ao voltarem aos EUA.
Segundo a análise do jornal, três quartos desses veteranos ainda estavam no Exército na época dos homicídios. Mais da metade deles envolveu o uso de armas de fogo e o resto foi resultado de facadas, afogamentos e acidentes de carro.
Um terço dos criminosos eram parentes ou tinham alguma relação com as vítimas. A maioria eram namoradas, esposas e crianças.
Entre elas, a menina Krisiauna Calaira Lewis, 2. O pai dela, de 20 anos, a jogou contra a parede quando estava se recuperando, no Texas, da explosão de uma bomba perto de Falluja, que atingiu seus pés e a cabeça.
Mas os integrantes das Forças Armadas também estão entre as vítimas. Eles contabilizam 25% dos mortos, incluindo o soldado Richard Davis, que foi esfaqueado e incendiado por seus companheiros de combate um dia depois de todos eles voltarem do Iraque.
Acredita-se que a violência seja desencadeada pelo estresse vivido durante a guerra, que leva a transtornos de ansiedade, a dificuldade para lidar com sentimentos como tristeza, culpa e raiva e ao vício em álcool e drogas.
O Pentágono, que não tem estudo semelhante, não quis comentar os dados. O tenente-coronel Les Melnyk questionou os métodos utilizados pela reportagem. O jornal diz ter feito levantamento de matérias locais, análise de documentos da polícia e do Exército, além de entrevistas com os advogados e as famílias tanto das vítimas quanto dos acusados.


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