São Paulo, quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

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Escolhido para o Tesouro errou ao declarar Imposto de Renda

ANDREA MURTA
DE NOVA YORK

Antes mesmo de sua sabatina no Senado, Timothy Geithner, indicado para secretário do Tesouro dos EUA, já está sendo obrigado a explicar alegações de que passou anos sem pagar impostos e contratou uma empregada doméstica que estava no país ilegalmente.
Dúvidas levantadas por senadores sobre Geithner fizeram com que a equipe de Obama se manifestasse rapidamente a favor do escolhido. Robert Gibbs, que será porta-voz da Casa Branca no próximo governo, afirmou que Geithner "dedicou sua carreira a este país (...) e seus serviços não devem ser machados por erros não intencionais que ele logo corrigiu".
"Ele cometeu erros não intencionais com seus impostos e não sabia que sua faxineira passou três meses com autorização de trabalho expirada."
Pessoas próximas a Geithner afirmam que ele pagou no passado US$ 43,2 mil ao governo após ser notificado de erros no pagamento de impostos. O problema ocorreu entre 2001 e 2004, quando recebia pagamentos do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Como organismo internacional, o FMI não paga Seguridade Social e seguro saúde a funcionários nos EUA, e eles devem pagar as taxas individualmente, o que Geithner não fez.
Inicialmente, ele pagou pouco mais de US$ 17 mil, referentes a 2003 e 2004, ao ser cobrado pela Receita Federal, que descobriu o erro em uma auditoria em 2006. Mesmo sabendo da falha, porém, Geithner só pagou a dívida referente aos anos de 2001 e 2002, de US$ 25,9 mil, depois que a equipe de Obama descobriu o caso.
Sobre a faxineira ilegal, Geithner afirma que inicialmente checou seu status. Ele diz que ela recebeu o "green card" meses depois de sua autorização ter expirado, quando já não era contratada.
Geithner se reuniu ontem com membros da Comissão de Finanças do Senado para tratar dos problemas. Não está claro se sua indicação ao Tesouro está ameaçada. Sua audiência de confirmação, inicialmente prevista para sexta, foi adiada.


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