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Escolhido para o Tesouro errou ao declarar Imposto de Renda
ANDREA MURTA
DE NOVA YORK
Antes mesmo de sua sabatina
no Senado, Timothy Geithner,
indicado para secretário do Tesouro dos EUA, já está sendo
obrigado a explicar alegações
de que passou anos sem pagar
impostos e contratou uma empregada doméstica que estava
no país ilegalmente.
Dúvidas levantadas por senadores sobre Geithner fizeram
com que a equipe de Obama se
manifestasse rapidamente a favor do escolhido. Robert Gibbs,
que será porta-voz da Casa
Branca no próximo governo,
afirmou que Geithner "dedicou
sua carreira a este país (...) e
seus serviços não devem ser
machados por erros não intencionais que ele logo corrigiu".
"Ele cometeu erros não intencionais com seus impostos e
não sabia que sua faxineira passou três meses com autorização
de trabalho expirada."
Pessoas próximas a Geithner
afirmam que ele pagou no passado US$ 43,2 mil ao governo
após ser notificado de erros no
pagamento de impostos. O problema ocorreu entre 2001 e
2004, quando recebia pagamentos do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Como organismo internacional, o FMI não paga Seguridade
Social e seguro saúde a funcionários nos EUA, e eles devem
pagar as taxas individualmente,
o que Geithner não fez.
Inicialmente, ele pagou pouco mais de US$ 17 mil, referentes a 2003 e 2004, ao ser cobrado pela Receita Federal, que
descobriu o erro em uma auditoria em 2006. Mesmo sabendo
da falha, porém, Geithner só
pagou a dívida referente aos
anos de 2001 e 2002, de US$
25,9 mil, depois que a equipe de
Obama descobriu o caso.
Sobre a faxineira ilegal,
Geithner afirma que inicialmente checou seu status. Ele
diz que ela recebeu o "green
card" meses depois de sua autorização ter expirado, quando já
não era contratada.
Geithner se reuniu ontem
com membros da Comissão de
Finanças do Senado para tratar
dos problemas. Não está claro
se sua indicação ao Tesouro está ameaçada. Sua audiência de
confirmação, inicialmente prevista para sexta, foi adiada.
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