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Agências humanitárias têm dificuldades para enviar ajuda
DE GENEBRA
DE WASHINGTON
As principais agências humanitárias do mundo enfrentavam dificuldades para avaliar o
estrago no Haiti e enviar pessoal extra ao país. Aviões com
suprimentos só devem chegar
hoje -se as condições dos aeroportos locais permitirem.
O Comitê Internacional da
Cruz Vermelha e o Crescente
Vermelho estimam em 3 milhões os afetados. O CICV enviará nesta manhã mais 11 especialistas ao local para avaliar
o estrago -nove pessoas operam no Haiti desde 1994.
O CICV também pretende
enviar amanhã um avião com
40 toneladas de suprimentos,
sobretudo medicamentos.
Os estoques atuais podem
atender imediatamente a 10
mil famílias. A Cruz Vermelha e
o Crescente Vermelho podem
atender outras 3.000. A ONU
despachou de El Salvador comida para 500 mil refeições.
As necessidades mais urgentes são de pessoal de busca,
hospitais de campo, água limpa,
abrigos, equipamentos de primeiros socorros, telecomunicações e aparato logístico.
O principal hospital de campo da organização Médicos
Sem Fronteiras teve de ser esvaziado. No primeiro dia, os
funcionários atenderam a cerca de 700 pessoas em tendas, a
maioria com fraturas. Nos hospitais locais, a situação descrita
pela MSF era de "caos".
Dos EUA, o governo Barack
Obama montou uma força-tarefa em poucas horas para lidar
com a situação no Haiti. Uma
das prioridades era localizar os
americanos que vivem no país
-entre 40 mil e 45 mil.
O esforço inclui o envio de
ajuda humanitária, mas também de times de militares, para
restabelecer comunicações e
garantir a segurança.
Foram deslocados times de
resgate de três pontos dos EUA,
compostos por 72 pessoas, seis
equipes de cães farejadores e de
resgate e 48 toneladas de equipamento. Um porta-aviões,
destróieres, helicópteros e pequenas embarcações foram
desviados para o Haiti. Uma
unidade de 2.200 fuzileiros navais deve chegar a Porto Príncipe em quatro dias.
O Banco Mundial vai liberar
US$ 100 milhões em recursos
emergenciais. A ONU usará
US$ 10 milhões no auxílio às vítimas. A União Europeia aprovou o uso de 3 milhões.
(LUCIANA COELHO E SÉRGIO DÁVILA)
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