São Paulo, quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

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Agências humanitárias têm dificuldades para enviar ajuda

DE GENEBRA
DE WASHINGTON

As principais agências humanitárias do mundo enfrentavam dificuldades para avaliar o estrago no Haiti e enviar pessoal extra ao país. Aviões com suprimentos só devem chegar hoje -se as condições dos aeroportos locais permitirem.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho estimam em 3 milhões os afetados. O CICV enviará nesta manhã mais 11 especialistas ao local para avaliar o estrago -nove pessoas operam no Haiti desde 1994.
O CICV também pretende enviar amanhã um avião com 40 toneladas de suprimentos, sobretudo medicamentos.
Os estoques atuais podem atender imediatamente a 10 mil famílias. A Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho podem atender outras 3.000. A ONU despachou de El Salvador comida para 500 mil refeições.
As necessidades mais urgentes são de pessoal de busca, hospitais de campo, água limpa, abrigos, equipamentos de primeiros socorros, telecomunicações e aparato logístico.
O principal hospital de campo da organização Médicos Sem Fronteiras teve de ser esvaziado. No primeiro dia, os funcionários atenderam a cerca de 700 pessoas em tendas, a maioria com fraturas. Nos hospitais locais, a situação descrita pela MSF era de "caos".
Dos EUA, o governo Barack Obama montou uma força-tarefa em poucas horas para lidar com a situação no Haiti. Uma das prioridades era localizar os americanos que vivem no país -entre 40 mil e 45 mil.
O esforço inclui o envio de ajuda humanitária, mas também de times de militares, para restabelecer comunicações e garantir a segurança.
Foram deslocados times de resgate de três pontos dos EUA, compostos por 72 pessoas, seis equipes de cães farejadores e de resgate e 48 toneladas de equipamento. Um porta-aviões, destróieres, helicópteros e pequenas embarcações foram desviados para o Haiti. Uma unidade de 2.200 fuzileiros navais deve chegar a Porto Príncipe em quatro dias.
O Banco Mundial vai liberar US$ 100 milhões em recursos emergenciais. A ONU usará US$ 10 milhões no auxílio às vítimas. A União Europeia aprovou o uso de 3 milhões. (LUCIANA COELHO E SÉRGIO DÁVILA)


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