UOL


São Paulo, sexta-feira, 14 de fevereiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Venezuelano com granada é preso em Londres

DA REDAÇÃO

Um venezuelano foi detido ontem no aeroporto de Gatwick (Londres) e, segundo a polícia, estava portando uma granada de mão. Outros dois suspeitos foram presos perto do aeroporto de Heathrow, o mais importante da capital britânica.
Desde o início da semana, militares e policiais britânicos reforçaram a segurança nos aeroportos e em outros pontos da capital, devido ao temor de que ocorram ataques terroristas no país.
Segundo a polícia, um venezuelano de 37 anos, cujo nome não foi revelado, foi preso ao desembarcar em Gatwick, de um vôo da British Airways originário da Colômbia, por volta das 16h50 locais (14h50 em Brasília). A polícia encontrou um objeto suspeito em sua bagagem. "O item foi examinado por especialistas em explosivos e parece ser uma granada", afirmou um porta-voz.
O terminal norte do aeroporto de Gatwick ficou fechado até por volta das 20h. Em Heathrow, a polícia deteve dois homens, mas, segunda uma fonte, as prisões não pareciam ter importância.
O Reino Unido, assim como os EUA, estão em alto nível de alerta devido a informações de inteligência segundo as quais grupos terroristas como a Al Qaeda estariam planejando ataques durante e logo após o Hajj (peregrinação islâmica a Meca), que acontece nesta semana.
Segundo o jornal "The Guardian", o alerta teve como base uma informação segundo a qual extremistas islâmicos teriam trazido ilegalmente mísseis do continente europeu para o Reino Unido e poderiam estar planejando lançá-los contra aviões comerciais.
"O nível de alerta é muito alto. É a maior operação policial desse tipo", disse o chefe da polícia de Londres, John Stevens.
Anteontem, a rede de TV árabe Al Jazeera divulgou uma fita na qual uma voz, atribuída ao terrorista saudita Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda e responsável pelos atentados de 11 de setembro, exorta muçulmanos a realizarem ataques suicidas contra os EUA, como forma de mostrar solidariedade ao Iraque.

Segurança reforçada
Na Arábia Saudita, onde mais de 2 milhões de muçulmanos participavam da peregrinação anual a Meca, cerca de 10 mil soldados foram colocados em lugares sagrados, aeroportos e portos.
A CIA alertou o governo saudita de que o país poderá ser alvo de um ataque da Al Qaeda durante o Hajj, mas o ministro do Interior, Nayef bin Albduz Aziz, negou ter conhecimento dessa ameaça.
Nos EUA, autoridades da defesa afirmaram que mísseis haviam sido colocados ao redor de Washington. Jatos F-16 também patrulhavam o espaço aéreo da capital americana e de Nova York.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Mais de 500 cidades farão protestos
Próximo Texto: Otan aguarda fala de Blix para superar impasse
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.