DA REDAÇÃO

A relativa tranqüilidade vigente há uma semana na faixa de Gaza acabou ontem. O grupo extremista Jihad Islâmica retomou o disparo de foguetes contra o território israelense, depois da morte de cinco militantes do grupo em operações de Israel na Cisjordânia, anteontem. Como represália aos ataques, Israel bombardeou Gaza- controlada pelo grupo radical Hamas.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu na cúpula da Conferência Islâmica, no Senegal, que Israel suspenda o "uso desproporcional e excessivo de força" e negocie a paz, com a mediação dos EUA.
Presente ao encontro em Dacar, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, rival do Hamas, condenou as ações de Israel em Gaza e Jerusalém. "Nosso povo está sofrendo uma limpeza étnica em Jerusalém", disse. Ele acusou Israel de aumentar impostos e impedir construções palestinas na cidade.
O porta-voz de Israel, Mark Regev, criticou as declarações de Abbas: "O processo de paz enfrenta muitos obstáculos e os líderes não devem colocar mais obstáculos com declarações incendiárias". Ele reafirmou ainda que Israel está comprometido com o processo de paz com os palestinos.
Hoje, o premiê da Autoridade Nacional Palestina, Salam Fayad, se reúne com o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, e com o general americano William Fraser. Desde 8 de março, Israel e os grupos radicais que têm força em Gaza mantinham uma trégua não-oficial, depois de uma onda de violência deixar mais de 120 mortos palestinos e cinco israelenses.