São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 2011

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Desastre é pior desde 2ª Guerra, diz premiê

Temor de uma tragédia nuclear aumenta com novas explosões em usina e notícias de problemas em mais duas

FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL AO JAPÃO

A tripla tragédia japonesa -terremoto, tsunami e vazamento radioativo- é a pior catástrofe no país desde a Segunda Guerra, afirmou o premiê Naoto Kan.
O número de mortos oficialmente está em 1.800, mas já há estimativas de que pode superar os 10 mil. Cerca de 600 mil pessoas tiveram de ser removidas de suas moradias. Há 2,6 milhões de casas sem luz.
O medo de um desastre maior cresceu com a notícia de que mais duas usinas nucleares corriam risco. Na central mais afetada, a de Fukushima 1, há temores de grande vazamento. Pela manhã, foram registradas duas explosões no reator 3 da usina -provocadas, suspeita-se, pelo acúmulo de hidrogênio- e fumaça saindo do reator 1. Segundo porta-voz do governo japonês, porém, a parede de contenção não se rompeu.
Até agora, houve constatação de contaminação nuclear em 22 pessoas. O total pode chegar a 190.
Na Bolsa de Tóquio, o primeiro pregão pós-tremor registrou queda de 4,35% no final da manhã. O Banco do Japão ofereceu um pacote de US$ 85 bilhões para proteger o sistema financeiro de eventuais perdas.
Na manhã de hoje, a TV japonesa falou em novo tsunami, negado pela agência meteorológica do país.
Missão do Itamaraty ofereceu apoio a brasileiros.


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