São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 2011

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TRAGÉDIA NO JAPÃO

Diplomatas buscam brasileiros em perigo

Missão humanitária do Itamaraty viajará a Sendai para procurar por cidadãos do Brasil em abrigos e hospitais

O embaixador do Brasil no Japão, Marcos Galvão, não descarta casos de morte ou ferimento na comunidade brasileira

David Guttenfelder/AssociatedPress
Japonesa encontrada morta em sua casa em Sendai

DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA

O Itamaraty está organizando missões humanitárias para oferecer apoio a brasileiros que moram nas regiões mais atingidas pelo terremoto que devastou o nordeste do Japão na última sexta.
O primeiro grupo de diplomatas esteve ontem em Ibaraki (120 km ao norte de Tóquio), que sofreu danos com o terremoto.
Eles falaram com líderes comunitários, mas não identificaram brasileiros que necessitassem de ajuda.
Amanhã (noite de hoje em Brasília), um grupo do Consulado Geral irá a Sendai para procurar brasileiros em abrigos e hospitais, segundo o embaixador do Brasil no Japão, Marcos Galvão.
Entre 15 e 20 cidadãos do Brasil informaram ao Itamaraty que moravam em Sendai, segundo levantamento de 2009. Mas esse número pode variar, pois nem todos os imigrantes atualizam seu cadastro no consulado.
As missões devem visitar todas as áreas afetadas, exceto Fukushima (250 km a nordeste de Tóquio), onde um reator nuclear sofreu uma explosão e vazamento de radioatividade e outros dois enfrentam problemas.
A cidade não foi incluída no roteiro a pedido do governo japonês, sob a alegação de que a área está sob risco de acidente nuclear.
Contudo, segundo os registros do Itamaraty, ao menos 383 brasileiros viviam na cidade em 2009 na região da usina nuclear de Fukushima.
Hoje, a comunidade brasileira no Japão é formada por mais de 250 mil pessoas -a terceira maior comunidade estrangeira no país.

DESAPARECIDOS
O embaixador Galvão disse que até ontem não havia registro de brasileiros desaparecidos, mas era impossível ter certeza devido aos problemas na rede de comunicação japonesa.
"Temos, sim, informações de brasileiros que estiveram em abrigos, e alguns já estão em casas de amigos. Mas não sabemos de vítimas fatais ou feridos, o que não quer dizer que isso não possa ter acontecido, porque as autoridades japonesas estão em uma etapa muito inicial de buscas e resgate", declarou.
Em uma lista não oficial, elaborada pelos próprios decasséguis por meio da internet, o número de desaparecidos subiu de dez para 12.


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