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Em Londres, Guerra Fria não acabou
DE LONDRES
O crescente número de
dissidentes russos vivendo
em Londres fez com que o
Kremlin deslocasse para a
capital inglesa uma quantidade de espiões comparável
à dos tempos da Guerra Fria.
A informação foi divulgada
pelo jornal "The Guardian",
que citou fontes do serviço
de segurança britânico. Seriam pelo menos 30 espiões
operando a partir da embaixada e da missão comercial
russas no Reino Unido.
A maciça migração de russos para Londres aconteceu
a partir da década de 1990. A
Embaixada da Rússia estima
que 250 mil russos vivam na
capital inglesa.
Entre os principais alvos
dos espiões estariam os oligarcas que fugiram do país
quando Vladimir Putin assumiu o poder -dentre eles,
Boris Berezovski- e ex-agentes do serviço secreto
russo, como Alexander Litvinenko, que foi envenenado
em Londres em novembro
passado.
Além de vigiar inimigos
políticos do governo, a espionagem russa também teria
objetivos comerciais e tecnológicos. Segundo o "Guardian", empresários e cientistas russos trabalhando em
Londres são vistos como potencialmente úteis pelos espiões do Kremlin, que tenta
cultivar uma relação próxima com eles.
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