São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 2006

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Para europeus e islâmicos, ação dos EUA no Iraque é risco maior que Irã

Maioria em dez países crê que guerra ao terror piore segurança, diz pesquisa

DA REDAÇÃO

A presença americana no Iraque é vista como um risco maior para a segurança mundial do que o Irã, país cujo programa nuclear provoca desconfiança das potências ocidentais, mostrou uma pesquisa conduzida com 17 mil pessoas em 15 países e divulgada ontem.
Além disso, para a maior parte dos entrevistados pelo Pew Research Center for the People & the Press em dez desses países (inclusive no Reino Unido), a Guerra do Iraque tornou o mundo mais perigoso.
Já o presidente dos EUA, George W. Bush, recebe notas mais baixas em liderança internacional do que seus colegas no Reino Unido, na Alemanha, na França e na Rússia.
Entre os países europeus, o levantamento mostra que britânicos, espanhóis, franceses e russos vêem as forças americanas no Iraque como ameaça maior do que Teerã. Sem surpresas, a imagem das tropas dos EUA é ainda pior em países majoritariamente muçulmanos -como Indonésia, Egito, Jordânia, Turquia e Paquistão.
O levantamento foi feito de 31 de março a 14 de maio com amostragens entre 900 e 2.000 pessoas em cada um dos 15 países e margem de erro de dois a seis pontos percentuais. Além dos países já citados, os pesquisadores também foram a campo na Índia, na China, na Nigéria, no Japão e nos EUA.
A imagem americana melhorara um pouco em 2005 com a contribuição de Washington para o esforço de reconstrução na região da Ásia-Pacífico após o tsunami. Mas essa melhora sumiu na pesquisa deste ano.
O levantamento também conclui que o apoio à guerra ao terror promovida pelos EUA piorou até entre seus aliados próximos e que as opiniões pró-Washington seguem em queda -sobretudo na Espanha, na Turquia e na Índia.
Entre outros assuntos abordados, a pesquisa diz que mais gente nos EUA e na Europa do que em países muçulmanos tende a ver a vitória do Hamas nas eleições parlamentares palestinas como um fato negativo.


Com agências internacionais

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