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Para europeus e islâmicos, ação dos EUA no Iraque é risco maior que Irã
Maioria em dez países crê que guerra ao terror piore segurança, diz pesquisa
DA REDAÇÃO
A presença americana no Iraque é vista como um risco
maior para a segurança mundial do que o Irã, país cujo programa nuclear provoca desconfiança das potências ocidentais,
mostrou uma pesquisa conduzida com 17 mil pessoas em 15
países e divulgada ontem.
Além disso, para a maior parte dos entrevistados pelo Pew
Research Center for the People
& the Press em dez desses países (inclusive no Reino Unido),
a Guerra do Iraque tornou o
mundo mais perigoso.
Já o presidente dos EUA,
George W. Bush, recebe notas
mais baixas em liderança internacional do que seus colegas no
Reino Unido, na Alemanha, na
França e na Rússia.
Entre os países europeus, o
levantamento mostra que britânicos, espanhóis, franceses e
russos vêem as forças americanas no Iraque como ameaça
maior do que Teerã. Sem surpresas, a imagem das tropas
dos EUA é ainda pior em países
majoritariamente muçulmanos -como Indonésia, Egito,
Jordânia, Turquia e Paquistão.
O levantamento foi feito de
31 de março a 14 de maio com
amostragens entre 900 e 2.000
pessoas em cada um dos 15 países e margem de erro de dois a
seis pontos percentuais. Além
dos países já citados, os pesquisadores também foram a campo na Índia, na China, na Nigéria, no Japão e nos EUA.
A imagem americana melhorara um pouco em 2005 com a
contribuição de Washington
para o esforço de reconstrução
na região da Ásia-Pacífico após
o tsunami. Mas essa melhora
sumiu na pesquisa deste ano.
O levantamento também
conclui que o apoio à guerra ao
terror promovida pelos EUA
piorou até entre seus aliados
próximos e que as opiniões pró-Washington seguem em queda
-sobretudo na Espanha, na
Turquia e na Índia.
Entre outros assuntos abordados, a pesquisa diz que mais
gente nos EUA e na Europa do
que em países muçulmanos
tende a ver a vitória do Hamas
nas eleições parlamentares palestinas como um fato negativo.
Com agências internacionais
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