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IRÃ
Familiares da fotógrafa de 54 anos culpam a polícia
Khatami manda apurar morte de jornalista do Canadá presa em Teerã
DA REDAÇÃO
O presidente do Irã, Mohammad Khatami, determinou ontem
que quatro ministros chefiem a
investigação da morte de uma jornalista canadense que havia sido
detida pela polícia em Teerã.
Familiares de Zahra Kazemi,
que tinha origem iraniana e trabalhava como fotógrafa free-lancer,
afirmam que ela foi presa em 23
de junho e deixada em coma por
agressões físicas após ter sido detida quando tirava fotos de uma
prisão em Teerã. A morte aconteceu na última sexta-feira.
A versão do governo iraniano é
que Kazemi, 54, sofreu um "derrame cerebral" enquanto era interrogada e morreu no hospital.
O governo do Canadá exige esclarecimentos da administração
iraniana desde a morte da jornalista. O embaixador canadense
em Teerã já tentou um encontro
com o ministro das Relações Exteriores do Irã para tratar do caso,
mas a resposta que obteve foi que
não era possível no momento.
De acordo com familiares de
Kazemi, a chegada dela ao Irã
aconteceu após o final dos principais combates na Guerra do Iraque, em 1º de maio.
Além de definir a comissão de
ministros para cuidar do caso, o
presidente iraniano lamentou ontem a morte da jornalista.
"Vocês devem determinar as razões da morte repentina e quem é
responsável por isso", afirmou
Khatami, segundo a agência de
notícias iraniana Isna.
Autoridades iranianas afirmam
que Kazemi só havia recebido autorização para fotografar os protestos por reformas políticas que
têm acontecido no país.
Com agências internacionais
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