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São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 2003

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IRÃ

Familiares da fotógrafa de 54 anos culpam a polícia

Khatami manda apurar morte de jornalista do Canadá presa em Teerã

DA REDAÇÃO

O presidente do Irã, Mohammad Khatami, determinou ontem que quatro ministros chefiem a investigação da morte de uma jornalista canadense que havia sido detida pela polícia em Teerã.
Familiares de Zahra Kazemi, que tinha origem iraniana e trabalhava como fotógrafa free-lancer, afirmam que ela foi presa em 23 de junho e deixada em coma por agressões físicas após ter sido detida quando tirava fotos de uma prisão em Teerã. A morte aconteceu na última sexta-feira.
A versão do governo iraniano é que Kazemi, 54, sofreu um "derrame cerebral" enquanto era interrogada e morreu no hospital.
O governo do Canadá exige esclarecimentos da administração iraniana desde a morte da jornalista. O embaixador canadense em Teerã já tentou um encontro com o ministro das Relações Exteriores do Irã para tratar do caso, mas a resposta que obteve foi que não era possível no momento.
De acordo com familiares de Kazemi, a chegada dela ao Irã aconteceu após o final dos principais combates na Guerra do Iraque, em 1º de maio.
Além de definir a comissão de ministros para cuidar do caso, o presidente iraniano lamentou ontem a morte da jornalista.
"Vocês devem determinar as razões da morte repentina e quem é responsável por isso", afirmou Khatami, segundo a agência de notícias iraniana Isna.
Autoridades iranianas afirmam que Kazemi só havia recebido autorização para fotografar os protestos por reformas políticas que têm acontecido no país.


Com agências internacionais


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