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IRAQUE SOB TUTELA
Apesar de apelo dos EUA, Manila antecipa retirada das tropas para salvar refém filipino; terroristas matam búlgaro
Filipinas cede ao terror e deixa Iraque
DA REDAÇÃO
Apesar dos apelos de Washington, o governo filipino antecipou
a retirada de suas tropas do Iraque, inicialmente prevista para
agosto, na tentativa de evitar a decapitação do motorista Angelo de
la Cruz, 46, seqüestrado na semana passada. Ontem, o grupo terrorista liderado pelo jordaniano
Abu Musab Zarqawi, que, segundo os EUA, tem ligação com a Al
Qaeda, matou um refém búlgaro.
O grupo também prometeu matar outro búlgaro em 24 horas, segundo a rede de TV de Qatar Al
Jazira. O governo búlgaro confirmou a morte do refém.
Washington havia exortado as
Filipinas a não ceder à pressão
dos seqüestradores e a não antecipar a retirada de seus 51 militares
que estão no Iraque. "Cremos que
essa decisão envie um sinal errado
a terroristas", disse um alto funcionário do governo dos EUA.
As Filipinas reafirmaram a decisão da retirada das tropas e iniciaram a operação.
Anteontem, os seqüestradores
divulgaram um ultimato que, repentinamente, estabeleceu o limite para que as Filipinas retirassem
seus soldados em só três horas.
O prazo (o terceiro desde o seqüestro) venceu sem nenhuma
indicação de que ele tinha morrido. A Al Jazira transmitiu um apelo gravado do motorista. Ele pedia
que a presidente Gloria Macapagal Arroyo acatasse as exigências
dos seqüestradores. Cruz vestia
uma roupa laranja semelhante à
usada pelos dois outros seqüestrados decapitados no Iraque.
Búlgaro
Uma TV árabe via satélite disse
que o grupo divulgara uma fita de
vídeo em que mostrava a morte
do búlgaro, mas as imagens não
foram veiculadas. A Al Jazira
mostrou imagens de um dos dois
búlgaros ao lado de três homens
encapuzados, mas também não
apresentou o momento da morte,
classificado de "horrível" pela TV.
Não se sabe como ele foi morto.
Na última quinta, o grupo de
Zarqawi ameaçou matar os dois
búlgaros se os EUA não libertassem prisioneiros iraquianos. O
grupo já assumiu responsabilidade pela decapitação de um americano e um sul-coreano no Iraque.
A Bulgária tem 470 soldados em
Karbala, no sul do Iraque, e seu
governo disse que seus militares
ficarão no país enquanto seu trabalho for necessário. Segundo o
governo búlgaro, os dois seqüestrados (ambos motoristas de caminhão) não são alvos políticos.
Em outro caso, insurgentes
ameaçaram matar um motorista
egípcio em 72 horas se a empresa
saudita na qual ele trabalha não
deixar o Iraque, diz a Al Jazira.
Com agências internacionais
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