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ORIENTE MÉDIO
Ordem veio do Supremo
Israel diz que mudará o traçado de muro
DA REDAÇÃO
Israel está redesenhando o traçado de sua barreira na Cisjordânia ocupada, trazendo-a para
mais perto de sua fronteira, para
tentar fazer com que palestinos
não tenham o acesso a suas terras
impedido, em obediência a uma
ordem da Suprema Corte do país,
disseram autoridades israelenses.
Uma fonte israelense disse que
o novo traçado do muro, refeito
pelo Ministério da Defesa, o fará
acompanhar "o mais perto possível" a fronteira entre Israel e a Cisjordânia. A Corte Internacional
de Justiça, principal órgão de Justiça da ONU, considerou o muro
ilegal e pediu sua remoção na semana passada, numa decisão rejeitada por Israel e saudada pelos
palestinos.
A corte israelense disse que o
governo tem o direito de erigir
uma barreira, por razões de segurança, em território que considera
"em disputa", mas ordenou a modificação de um trecho de 30 km
para aliviar sofrimentos causados
a povoados palestinos. "Desejamos não separar palestinos de
suas terras... nem criar encraves. É
possível, entretanto, que haja casos em que não tenhamos outra
alternativa", disse uma porta-voz
do Ministério da Defesa. Segundo
ela, a equipe que está revendo o
traçado do muro estuda alternativas para apresentar às instâncias
decisórias nas Forças Armadas.
"Desejamos não colocar a barreira ao lado de casas palestinas.
Entretanto, há casos em que temos uma distância de 20 ou até
mesmo apenas cinco metros entre as casas israelenses e palestinas", disse a porta-voz.
Israel afirma que o muro, que
em vários pontos adentra fundo
em território da Cisjordânia para
englobar assentamentos judaicos,
barra os homens-bomba palestinos, responsáveis por centenas de
ataques terroristas no país. Os palestinos o vêem como tentativa
disfarçada de anexar territórios
tomados por Israel na guerra de
1967 e lhes negar a possibilidade
de um Estado viável.
O enviado da ONU à região,
Terje Roed-Larsen, disse ontem
ao Conselho de Segurança em
Nova York que a Autoridade Nacional Palestina, presidida por
Iasser Arafat, apesar de promessas de seus líderes, não progrediu
no combate aos grupos terroristas
e na reforma dos seus serviços de
segurança e corre "sério risco de
entrar em colapso", recebendo
raros elogios de Israel e também
raras críticas dos palestinos.
Trabalhistas
O Partido Trabalhista disse que
sua liderança aprovou por maioria esmagadora conversações
com o premiê Ariel Sharon para a
formação de uma coalizão.
Sharon buscou os trabalhistas
depois de perder sua maioria parlamentar no mês passado, quando aliados de extrema direita
abandonaram a coalizão em função de seu plano de retirar as tropas e os assentamentos judaicos
de Gaza até o final de 2005.
Com agências internacionais
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