São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 2008

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Após crítica de Chávez, Uribe pede prudência a ministro

Venezuelano ataca frase de titular da Defesa da Colômbia e o chama de franco-atirador

Colombiano, em resposta, pede que seus porta-vozes comentem com cuidado relação bilateral; líderes reataram relações na sexta

DA REDAÇÃO

Dois dias depois de ter anunciado que "virou a página" dos confrontos com o colega da Colômbia, Álvaro Uribe, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu-lhe que "ponha em seu lugar" o ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos. "Se fosse meu ministro, o demitiria", disse.
Chávez se mostrou irritado pelo fato de Santos ter colocado em dúvida seus compromissos com Uribe, ao dizer esperar que ele [Chávez] "cumpra o acordo e não continue apoiando as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)".
Duas horas depois das declarações de Chávez, Uribe divulgou no site da Presidência colombiana nota em que afirma esperar "avançar em uma nova era de relações" com a Venezuela e pede aos seus ministros "total prudência para não afetar este caminho".
O venezuelano agradeceu publicamente o gesto de Uribe. Antes, ele dissera que o ministro Santos é de "extrema direita" e o qualificara de "franco-atirador". "Quem manda nele [Santos] são os Estados Unidos", afirmou.
Chávez atacou o ministro colombiano em discurso na 5ª reunião de cúpula da PetroCaribe, organização regional liderada pela Venezuela pela qual 18 países da América Central e do Caribe compram petróleo em condições especiais.
Na cúpula, em Maracaibo, Chávez defendeu a PetroCaribe de críticas da oposição venezuelana, que o acusa de doar o petróleo do país em troca de apoio internacional. Ele disse que os convênios da organização liberam os países da "chantagem das grandes empresas internacionais", que querem evitar a união regional.
À cúpula, o venezuelano propôs que, enquanto o preço do barril de petróleo estiver acima de US$ 100, os países do grupo paguem 40% do que comprarem em até 90 dias e o restante em 25 anos. Atualmente, eles pagam 50% em 90 dias.


Com agências internacionais



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