São Paulo, sábado, 14 de setembro de 2002

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EUROPA

Dinamarca propõe fretar aviões para "repatriação forçada" de clandestinos e pessoas que tenham pedido de asilo rejeitado

Ministros da UE apóiam a expulsão de imigrantes

DA REDAÇÃO

Ministros do Interior da União Européia apoiaram ontem uma iniciativa para expulsar imigrantes ilegais e pessoas que tiveram seus pedidos de asilo rejeitados. A Dinamarca chegou a sugerir o fretamento de aviões para levá-los para fora da Europa.
Os 15 ministros discutiram propostas de repatriação voluntária e forçada e esquemas conjuntos de "devolução" e pediram à Comissão Européia que elaborasse propostas concretas sobre a cooperação prática e a possibilidade de financiamento da UE.
"Preferimos a readmissão voluntária, mas também concordamos que precisamos nos reservar o direito de repatriação compulsória", afirmou o ministro da Imigração dinamarquês, Bertek Haarder, cujo país ocupa atualmente a presidência da UE.
Um aumento no apoio a partidos antiimigração em vários países europeus fez com que líderes da UE instruíssem seus ministros em junho a acelerar a criação de uma política européia comum de imigração e concessão de asilo.
O ministro do Interior da França, Nicolas Sarkozy, disse que um programa de repatriação forçada encorajaria outros imigrantes indesejados a voltar para casa voluntariamente.
"Se houver apenas a escolha entre ir embora voluntariamente ou ir ficando, não teremos muito sucesso", disse Sarkozy, acrescentando que a UE precisava ainda encontrar os meios financeiros para implementar as propostas.
Organizações de defesa dos direitos humanos disseram que a repatriação forçada seria uma prática "desumana" e poderia passar ao mundo a imagem de uma "fortaleza européia".
Mas líderes da UE dizem que políticas antiimigração não podem funcionar sem provisões para devolver imigrantes rejeitados.
O comissário da UE para Justiça Européia e Questões Internas, Antonio Vitorino, afirmou que os ministros haviam separadamente concordado que o retorno de refugiados afegãos na Europa ao Afeganistão era uma prioridade para o bloco. Ele disse que elaboraria, até o fim de outubro, um projeto de um programa de retorno para imigrantes indesejados que contemplará operações conjuntas e propostas concretas de financiamento.


Com agências internacionais


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