São Paulo, domingo, 14 de outubro de 2007

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Negociação de consenso é lenta e incerta

DA ENVIADA ESPECIAL A PEQUIM

Apesar da imagem democrática que os dirigentes chineses tentam dar ao encontro, as principais decisões já estarão tomadas quando os 2.217 delegados do 17º Congresso do Partido Comunista se reunirem a partir de amanhã no Grande Palácio do Povo, na praça Tiananmen, em Pequim.
Os líderes das diferentes correntes nas quais se divide hoje o partido passaram a semana mergulhados em uma intensa negociação na tentativa de definir um nome de consenso para assumir o comando do país em 2012, no lugar de Hu Jintao.
O candidato do atual presidente é Li Keqing, 52, secretário da legenda na província de Liaoning ex-governador da Província de Hunan, a mais populosa do país. Mas ele poderá ser forçado a aceitar a indicação do ex-presidente Jiang Zemin, em nome da unidade partidária.
Neste caso, o candidato mais forte é Xi Jiping, 54, secretário do partido em Xangai. É possível ainda uma terceira opção, que evite o impasse entre as duas correntes.
A exemplo do que aconteceu com o próprio Hu, que ascendeu à Presidência em 2002, a idéia é que o escolhido esteja entre os nove integrantes do Comitê Permanente do Politburo e seja preparado nos próximos cinco anos para comandar o país a partir de 2012.
Ao todo o congresso deverá mudar quatro ou cinco dos nove nomes do Comitê Permanente do Politburo, o que dará a chance de Hu Jintao fortalecer seu poder no partido.
Mas não há garantia de que isso ocorra. O presidente ainda disputa poder com Jiang Zemin, seu antecessor, cujos aliados ocupam pelo menos metade das nove cadeiras do pequeno grupo que detém o poder na China. (CT)


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