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Negociação de consenso é lenta e incerta
DA ENVIADA ESPECIAL A PEQUIM
Apesar da imagem democrática que os dirigentes chineses tentam dar ao
encontro, as principais decisões já estarão tomadas
quando os 2.217 delegados
do 17º Congresso do Partido Comunista se reunirem
a partir de amanhã no
Grande Palácio do Povo,
na praça Tiananmen, em
Pequim.
Os líderes das diferentes
correntes nas quais se divide hoje o partido passaram a semana mergulhados em uma intensa negociação na tentativa de definir um nome de consenso
para assumir o comando
do país em 2012, no lugar
de Hu Jintao.
O candidato do atual
presidente é Li Keqing, 52,
secretário da legenda na
província de Liaoning ex-governador da Província
de Hunan, a mais populosa do país. Mas ele poderá
ser forçado a aceitar a indicação do ex-presidente
Jiang Zemin, em nome da
unidade partidária.
Neste caso, o candidato
mais forte é Xi Jiping, 54,
secretário do partido em
Xangai. É possível ainda
uma terceira opção, que
evite o impasse entre as
duas correntes.
A exemplo do que aconteceu com o próprio Hu,
que ascendeu à Presidência em 2002, a idéia é que o
escolhido esteja entre os
nove integrantes do Comitê Permanente do Politburo e seja preparado nos
próximos cinco anos para
comandar o país a partir
de 2012.
Ao todo o congresso deverá mudar quatro ou cinco dos nove nomes do Comitê Permanente do Politburo, o que dará a chance
de Hu Jintao fortalecer
seu poder no partido.
Mas não há garantia de
que isso ocorra. O presidente ainda disputa poder
com Jiang Zemin, seu antecessor, cujos aliados
ocupam pelo menos metade das nove cadeiras do
pequeno grupo que detém
o poder na China.
(CT)
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