São Paulo, sexta-feira, 14 de outubro de 2011

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Acusação de estupro contra Strauss-Kahn é arquivada em Paris

A jornalista Tristane Banon estuda levar o caso à esfera civil para obter indenização

DE SÃO PAULO

A Promotoria de Paris arquivou ontem a denúncia de estupro da jornalista francesa Tristane Banon contra Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), por considerar que não havia provas suficientes do crime.
No entanto, os promotores reconheceram que os fatos relatados "podem ser qualificados como agressão sexual". Mesmo com as provas da agressão sexual, o crime não pode mais ser julgado, pois prescreve em três anos, e estupro prescreve após dez. Banon alega ter sido estuprada em 2003, mas só decidiu acusar Strauss-Kahn em julho deste ano, após denúncia semelhante feita nos EUA pela camareira Nafissatou Diallo.
O advogado de Banon, David Koubbi, disse que sua cliente estava entre "a decepção e a alegria", pois, ainda que a Promotoria reconheça que houve delito, não verá seu agressor atrás das grades. O advogado estuda levar a acusação à esfera civil. Se isso ocorrer, Strauss-Kahn terá novo julgamento, mas se considerado culpado, não será preso-Banon teria só reparação em dinheiro.
A defesa elogiou o arquivamento. "Acreditaram no que ele disse, que ele tentou beijá-la, ela o repudiou e ele a deixou partir", disse a advogada Fréderique Baulieu.
A decisão não agradou a associações feministas, que convocaram protesto em frente ao Palácio de Justiça. Por conta do caso, além de renunciar ao FMI, Strauss-Kahn abandonou a corrida presidencial de 2012. Ele era considerado favorito, entre os socialistas, para a disputa contra Nicolas Sarkozy.

Com Agências de Notícias


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