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Na França, SNCF pede desculpas a judeus
Companhia colaborou em deportações
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A companhia estatal de
trens francesa SNCF desculpou-se pelo seu papel na deportação de judeus para
campos de concentração nazistas durante a Segunda
Guerra (1939-45). É a primeira vez que a SNCF lamenta
publicamente sua participação nas deportações.
Até então, a empresa divulgou que seus funcionários foram obrigados pelos
alemães, que ocuparam parte da França durante a guerra, a colaborar nas deportações. A estatal transportou
cerca de 76 mil judeus da
França para a Alemanha e
países do Leste Europeu.
O pedido de desculpas da
SNCF é apontado pela rede
britânica BBC como claramente relacionado com a expansão da estatal francesa
no mercado americano de
trens de alta velocidade.
A SNCF tem sido criticada
nos EUA por não se desculpar pelo seu envolvimento
no Holocausto, ao mesmo
tempo em que a companhia
espera adquirir contratos bilionários na Califórnia e na
Flórica. Em viagem aos EUA,
o presidente da SNCF, Guillaume Pepy, disse que a estatal expressa "profunda tristeza e pesar" pelas consequências dos seus atos.
NOVO GOVERNO
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou ontem a demissão do primeiro-ministro François Fillon (no
governo da França desde
2007). Em nota oficial, o Palácio do Eliseu (sede da Presidência, em Paris) informou
que, "em aplicação do artigo
8 da Constituição, François
Fillon apresentou ao presidente da República a demissão do governo". Sarkozy a
aceitou, o que acarreta a formação, já esperada há alguns meses, de um novo gabinete ministerial.
Entre os nomes que poderão substituir Fillon estão os
do até então ministro do
Meio Ambiente, Jean-Louis
Borloo, e do ministro do Orçamento, François Baroin.
Porém, especula-se que o
próprio Fillon seja reencaminhado ao cargo de premier.
Com a formação de um novo gabinete ministerial, o
presidente espera alavancar
seu baixo índice de popularidade, visando também as
eleições presidenciais de
2012. Segundo a revista "Le
Point", Sarkozy tem 30% de
aprovação, o pior índice desde que assumiu a Presidência do país, em 2007.
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