São Paulo, domingo, 14 de novembro de 2010

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Na França, SNCF pede desculpas a judeus

Companhia colaborou em deportações

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A companhia estatal de trens francesa SNCF desculpou-se pelo seu papel na deportação de judeus para campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra (1939-45). É a primeira vez que a SNCF lamenta publicamente sua participação nas deportações.
Até então, a empresa divulgou que seus funcionários foram obrigados pelos alemães, que ocuparam parte da França durante a guerra, a colaborar nas deportações. A estatal transportou cerca de 76 mil judeus da França para a Alemanha e países do Leste Europeu.
O pedido de desculpas da SNCF é apontado pela rede britânica BBC como claramente relacionado com a expansão da estatal francesa no mercado americano de trens de alta velocidade.
A SNCF tem sido criticada nos EUA por não se desculpar pelo seu envolvimento no Holocausto, ao mesmo tempo em que a companhia espera adquirir contratos bilionários na Califórnia e na Flórica. Em viagem aos EUA, o presidente da SNCF, Guillaume Pepy, disse que a estatal expressa "profunda tristeza e pesar" pelas consequências dos seus atos.

NOVO GOVERNO
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou ontem a demissão do primeiro-ministro François Fillon (no governo da França desde 2007). Em nota oficial, o Palácio do Eliseu (sede da Presidência, em Paris) informou que, "em aplicação do artigo 8 da Constituição, François Fillon apresentou ao presidente da República a demissão do governo". Sarkozy a aceitou, o que acarreta a formação, já esperada há alguns meses, de um novo gabinete ministerial.
Entre os nomes que poderão substituir Fillon estão os do até então ministro do Meio Ambiente, Jean-Louis Borloo, e do ministro do Orçamento, François Baroin. Porém, especula-se que o próprio Fillon seja reencaminhado ao cargo de premier.
Com a formação de um novo gabinete ministerial, o presidente espera alavancar seu baixo índice de popularidade, visando também as eleições presidenciais de 2012. Segundo a revista "Le Point", Sarkozy tem 30% de aprovação, o pior índice desde que assumiu a Presidência do país, em 2007.


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