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França quer novo relatório em 1 mês
DA REDAÇÃO
França, Rússia e China, os três
membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) da ONU
que se opõem a uma guerra imediata contra o Iraque, mantiveram ontem sua posição após a
apresentação do relatório sobre as
inspeções de armas e pediram
mais tempo para que elas dêem o
resultado esperado.
O chanceler francês, Dominique de Villepin, recebeu aplausos
de alguns de seus colegas no CS ao
afirmar que as inspeções "estão
produzindo resultados" e que não
há justificativa ainda para uma
guerra contra o Iraque.
Ele recomendou a continuidade
das inspeções e que os chefes dos
inspetores, o sueco Hans Blix e o
egípcio Mohamed El Baradei,
apresentem um novo relatório no
dia 14 de março.
"Não há justificativa para o uso
da força agora. Há uma alternativa para a guerra: desarmar o Iraque com as inspeções", disse.
O chanceler russo, Igor Ivanov,
afirmou que os inspetores "estão
indo na direção certa". "Pode-se
lançar mão da força, mas somente
quando todos os outros remédios
forem esgotados", disse. "Como
podemos ver pela discussão de
hoje [ontem", não chegamos ainda a esse ponto, e espero que não
cheguemos", afirmou.
"As inspeções prosseguem sem
percalços, com a cooperação dos
iraquianos. Elas têm acesso sem
impedimentos a todos os locais,
inclusive os locais sensíveis."
A China pediu que as inspeções
continuem para "descobrir a verdade" e que todos os esforços sejam feitos para evitar uma guerra.
"Somente quando passarmos
pela linha de um acordo político
poderemos verdadeiramente corresponder à confiança e à esperança que a comunidade internacional deposita no Conselho de
Segurança", disse o chanceler chinês, Tang Jiauxuan, que pediu
unidade no CS e ofereceu ajuda
técnica aos inspetores.
A Alemanha, membro temporário do CS, sem direito a veto, defendeu que os inspetores tenham
o tempo necessário para "completar a busca por armas de destruição em massa do Iraque". "As
inspeções conseguiram alguns resultados", disse o chanceler alemão, Joschka Fischer. "Por que
deveríamos agora suspendê-las?
Pelo contrário, os inspetores devem ter o tempo de que precisem
para completar suas tarefas."
A Espanha, também membro
temporário do CS, foi uma das
poucas vozes a apoiar a posição
americana, ao afirmar que o Iraque não colabora com os inspetores e que a proposta de reforçar e
continuar as inspeções seria "um
sinal de debilidade" do CS. O México, assim como vários outros
dos 15 membros do CS, optaram
por não tomar uma posição clara.
Com agências internacionais
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