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COLÔMBIA
Detonação ocorreu quando agentes rastreavam local; para polícia, alvo de atentado poderia ser avião do presidente
Explosão mata 18 em cidade que Uribe visitaria hoje
DA REDAÇÃO
Ao menos 18 pessoas morreram
e 45 ficaram feridas ontem após a
explosão de uma bomba em Neiva (sul da Colômbia), um dia antes de uma visita programada do
presidente Álvaro Uribe à cidade.
As autoridades acusaram as
Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), principal
guerrilha de esquerda do país, pela explosão, ocorrida em uma
área residencial quando policiais
faziam um rastreamento de segurança para preparar a visita.
Dez dos 18 mortos eram membros da Polícia Nacional, entre
eles o chefe da Seccional Judicial e
de Investigação (Sijin) de Neiva,
major Henry Angarita. Entre os
civis mortos, havia três crianças.
O possível atentado ocorreu
uma semana após uma grande
explosão em um clube de executivos de Bogotá, que deixou ao menos 35 mortos e mais de 170 feridos. As Farc também haviam sido
acusadas por aquele ataque.
Segundo a polícia, o alvo dos explosivos detonados ontem poderia ser o avião de Uribe, já que estavam na trajetória dos aviões que
descem no aeroporto.
O diretor regional da Procuradoria Geral, Hernando Valenzuela, afirmou que as autoridades
procuravam no local plataformas
de lançamento de granadas, semelhantes às usadas em um ataque em Bogotá no dia 7 de agosto
do ano passado, durante a posse
de Uribe, que deixou 21 mortos.
Apesar da explosão, a visita de
Uribe não foi cancelada. No dia 14
de abril, durante a campanha presidencial, ele saiu ileso de um
atentado com um carro-bomba
em Barranquilla (norte), no qual
morreram cinco pessoas.
Uribe, 50, foi eleito em maio, já
no primeiro turno, prometendo
pulso firme contra os grupos armados ilegais. Em fevereiro do
ano passado, o antecessor de Uribe, Andrés Pastrana, suspendeu
um inócuo processo de paz com
as Farc, iniciado em 1998.
O governo colombiano começou, após o atentado de Bogotá,
uma intensa ofensiva diplomática
em busca de ajuda internacional
para combater os grupos armados ilegais que atuam no país.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, enviou ontem
uma carta ao secretário-geral da
ONU, Kofi Annan, para manifestar preocupação sobre os acontecimentos na Colômbia e pedir
"uma ação imediata para estancar
o derramamento de sangue".
Com agências internacionais
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