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SUCESSÃO NOS EUA / UNIÃO REPUBLICANA
Romney anuncia apoio a McCain
Ex-governador de Massachusetts pode transferir delegados e credenciais conservadoras ao ex-rival
Democrata Hillary Clinton promete medidas radicais para recuperar vantagem;
em fala ontem, ela disse que rival só oferece discursos
Gerald Herbert/Associated Press
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Veteranos escutam fala de John McCain em Vermont; o líder na disputa pela candidatura dos republicanos nos EUA ganhou apoio de Mitt Romney
DA REDAÇÃO
A disputa republicana para
definir o candidato à eleição de
novembro chegou mais perto
do fim ontem, quando o senador John McCain, que lidera
com folga o cenário, recebeu o
apoio de seu ex-rival Mitt Romney. Romney saiu da corrida no
último dia 7, depois de conquistar 286 delegados em prévias
republicanas.
O destino desses delegados
varia agora dependendo das regras de seus Estados de origem.
Mas o ex-pré-candidato os estimulará a votar em McCain e, se
todos seguirem a indicação, o
senador pelo Arizona já terá
1.087 votos -quase alcançando
os 1.191 necessários para se tornar o candidato do partido, sem
contar os "delegados livres",
que votam em quem quiserem
na convenção republicana,
marcada para setembro.
O segundo colocado na disputa, o ex-governador do Arkansas Mike Huckabee, tem
hoje 214 delegados simples, segundo a contagem da CNN.
O apoio de Romney traz um
segundo benefício, mais importante, para McCain: oferece a
chance de validação conservadora. Romney dividiu com
Huckabee a maioria esmagadora dos votos dos eleitores que se
consideram "muito conservadores" no partido -os quais
tendem a rejeitar McCain por
suas posições independentes
nas áreas social e fiscal.
Enquanto disputou a candidatura, Romney usava essa rejeição para tentar superar
McCain. Agora o senador poderá absorver parte do prestígio
conservador do ex-rival.
Disputa incendiária
Do lado democrata, o cenário
permanece complicado. Depois
de sete derrotas consecutivas
em prévias, a campanha da senadora democrata Hillary Clinton promete adotar táticas radicais para conquistar o voto de
mais delegados na convenção
partidária, em agosto, afirma o
"New York Times".
Até os discursos mudaram de
tom e se tornaram mais agressivos. Ontem, em uma fábrica
da General Motors em Ohio, ela
acusou o rival Barack Obama
de não ter substância nem experiência. "Essa é a diferença
entre nós. Meu rival faz discursos. Eu ofereço soluções."
"Vocês já ouviram muitas
promessas. Mas discursos não
põem comida na mesa", disse.
Outros "passos incendiários"
que assessores da ex-primeira-dama estudam incluem pressionar a direção do Partido Democrata a aceitar os resultados
das prévias em Michigan e na
Flórida, que ela venceu.
Os dois Estados perderam o
direito de enviar delegados à
convenção nacional democrata, em agosto, por terem antecipado suas prévias sem autorização da direção partidária.
McCain também criticou
Obama, afirmando que o senador defende um plano econômico elevaria impostos.
Ainda ontem, foi oficializada
a vitória de Hillary na primária
do Novo México: ela teve
73.105 votos e Obama, 71.396.
Com agências internacionais
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