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Uso de verbas complica caso de governador
Eliot Spitzer pode ter usado fundos de campanha para pagar por prostitutas
Governador de NY nega, mas procuradores já estão investigando origem de pagamentos feitos por sexo; ele deixa o cargo segunda
DA REDAÇÃO
Procuradores federais estão
investigando se o governador
de Nova York, o democrata
Eliot Spitzer, usou fundos de
campanha para pagar por encontros com prostitutas, informou ontem o "New York Times". Spitzer anunciou a renúncia, efetiva na próxima segunda, há três dias, depois de se
tornar protagonista de um escândalo sexual por envolvimento com a rede de prostitutas de luxo Emperors Club VIP.
Spitzer ainda não foi denunciado. Se houver indícios de
que fundos de campanha ou
públicos foram usados para pagar encontros, hotéis ou transporte relacionados à prostituição, a investigação sobre o caso
será mais abrangente, pois é
ilegal usar verba desse tipo para
despesas pessoais.
O governador foi eleito em
2006 e já buscava doações para
tentar a reeleição em 2010. Segundo o "Times", procuradores
questionaram os advogados do
governador sobre o pagamento
para três viagens suspeitas.
Spitzer, casado e com três filhas, teve uma conversa gravada por grampos telefônicos
confirmando o plano de levar a
prostituta Ashley Alexandra
Dupre, conhecida como Kristen, de Nova York para o sofisticado hotel Mayflower, em
Washington, em fevereiro.
Está sob investigação também o uso de carros oficiais para viagens a Washington. Spitzer disse a assistentes que usou
prostitutas apenas nos últimos
oito meses e que nunca gastou
dinheiro de campanha ou público com essa finalidade, diz o
"Times". Mesmo assim, seus
advogados estão verificando os
fundos com um especialista em
verba de campanha que trabalha para sua organização.
Há ainda mais duas possibilidades de denúncias contra
Spitzer no caso. A primeira seria pela violação de uma lei de
1910 que proíbe, entre outros,
transportar pessoas entre Estados para prostituição. A outra
seria devido a transações financeiras irregulares -detonadoras da investigação. O governador teria dividido pagamentos
que excediam US$ 10 mil em
partes menores para evitar declarações à receita.
Com agências internacionais
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