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ORIENTE MÉDIO
EUA vetam negócios com palestinos
DA REDAÇÃO
Os Estados Unidos proibiram
ontem as empresas americanas
de manterem relações comerciais
com a Autoridade Nacional Palestina, em iniciativa considerada
como nova etapa das pressões
contra o governo do Hamas.
A determinação consta de um
memorando do Departamento
do Tesouro, que afirma se basear
em sanções que a legislação prevê
contra grupos terroristas.
Os EUA e a União Européia enquadram o partido integrista islâmico entre as organizações terroristas, em razão de centenas de vítimas civis que seus atentados
provocaram em Israel.
Os empresários americanos terão um prazo de 30 dias para comunicar ao governo as transações
ainda em curso. As exportações
direcionadas à ANP serão permitidas excepcionalmente, com
uma autorização específica.
O embargo, diz o Tesouro, não
se aplica a operações que empresas americanas fechem com o setor privado na Cisjordânia ou que
tenham do lado palestino entidades de atuação humanitária.
A administração Bush já havia
interrompido a ajuda de centenas
de milhões de dólares que enviava
anualmente à ANP, depois da vitória eleitoral do Hamas, em 15 de
janeiro, e da resposta negativa
que o grupo tem dado à exigência
ocidental para que reconheça o
direito de Israel à existência.
A União Européia seguiu o mesmo exemplo. Com isso, a ANP está em situação praticamente falimentar, sem ter pago os salários
de março de 140 mil servidores.
Alaa Araj, ministro da Economia palestino, em resposta, denunciou a "mobilização para boicotar" o governo palestino.
Em Gaza, o primeiro-ministro
palestino, Ismail Haniyeh, disse
que a "santa aliança" liderada pelos Estados Unidos não conseguirá derrubar o governo do Hamas
por pressões econômicas.
Haniyeh participou de um ato
público em que estavam presentes dezenas de milhares de pessoas. Afirmou que os palestinos
estavam dispostos a passar por
sacrifícios e até "a se alimentar só
de azeitonas e óleo de fritura".
Com agências internacionais
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