São Paulo, sábado, 15 de abril de 2006

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ORIENTE MÉDIO

EUA vetam negócios com palestinos

DA REDAÇÃO

Os Estados Unidos proibiram ontem as empresas americanas de manterem relações comerciais com a Autoridade Nacional Palestina, em iniciativa considerada como nova etapa das pressões contra o governo do Hamas.
A determinação consta de um memorando do Departamento do Tesouro, que afirma se basear em sanções que a legislação prevê contra grupos terroristas.
Os EUA e a União Européia enquadram o partido integrista islâmico entre as organizações terroristas, em razão de centenas de vítimas civis que seus atentados provocaram em Israel.
Os empresários americanos terão um prazo de 30 dias para comunicar ao governo as transações ainda em curso. As exportações direcionadas à ANP serão permitidas excepcionalmente, com uma autorização específica.
O embargo, diz o Tesouro, não se aplica a operações que empresas americanas fechem com o setor privado na Cisjordânia ou que tenham do lado palestino entidades de atuação humanitária.
A administração Bush já havia interrompido a ajuda de centenas de milhões de dólares que enviava anualmente à ANP, depois da vitória eleitoral do Hamas, em 15 de janeiro, e da resposta negativa que o grupo tem dado à exigência ocidental para que reconheça o direito de Israel à existência.
A União Européia seguiu o mesmo exemplo. Com isso, a ANP está em situação praticamente falimentar, sem ter pago os salários de março de 140 mil servidores.
Alaa Araj, ministro da Economia palestino, em resposta, denunciou a "mobilização para boicotar" o governo palestino.
Em Gaza, o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, disse que a "santa aliança" liderada pelos Estados Unidos não conseguirá derrubar o governo do Hamas por pressões econômicas.
Haniyeh participou de um ato público em que estavam presentes dezenas de milhares de pessoas. Afirmou que os palestinos estavam dispostos a passar por sacrifícios e até "a se alimentar só de azeitonas e óleo de fritura".


Com agências internacionais


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