São Paulo, sábado, 15 de abril de 2006

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Bush diz que Rumsfeld está prestigiado

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, minimizando a intensa pressão de generais da reserva pela demissão de Donald Rumsfeld devido aos problemas no Iraque, disse ontem que seu secretário da Defesa goza de todo o seu apoio e que a liderança dele sobre o Pentágono é "exatamente o que é necessário neste período crítico".
"Tenho visto pessoalmente como Don confia em nossos comandantes militares e no Pentágono para tomar suas decisões sobre a melhor maneira de completar essas missões [no Iraque]", Bush disse em nota. "Ele tem o meu total apoio e a minha mais profunda admiração."
Segundo a agência de notícias Associated Press, esse tipo de manifestação de um presidente americano sobre um funcionário de alto escalão é raro. Bush decidiu fazê-la por causa do prestígio das vozes engajadas em criticar publicamente o secretário.
Em entrevista à TV Al Arabiya, de Dubai, Rumsfeld disse que está inteiramente à disposição de Bush. "O fato de que dois ou três ou quatro pessoas aposentadas tenham opiniões diferentes... Eu respeito essas opiniões, mas, obviamente, se mudarmos o secretário da Defesa dos EUA toda vez que duas ou três pessoas discordarem, isso viraria um carrossel."
No Iraque, dois militares americanos foram mortos e 22 outros foram feridos em combates na região de Anbar.
Uma emboscada perto da base americana em Taji, ao norte de Bagdá, matou seis policiais. Em Najav desapareceram e podem ter sido mortos 45 dos 80 policiais que estavam em um comboio. Outros atentados a bomba mataram ao menos cinco pessoas.

Abusos em Guantánamo
A revista online americana "Salon" publicou ontem reportagem segundo a qual Rumsfeld permitiu um interrogatório "abusivo e degradante" de um suspeito de terrorismo durante 54 dias na prisão dos EUA em sua base em Guantánamo (Cuba). A "Salon" (www.salon.com) cita como fonte um documento do Exército americano. Um porta-voz do Pentágono classificou de "ficção" a reportagem, que tem como título "O que Rumsfeld sabia".


Com agências internacionais


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