São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 2002

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REINO UNIDO

Escola cristã pede à Justiça que permita aplicar castigo físico a seus alunos
Uma escola particular de Liverpool quer que a Corte de Apelações do Reino Unido a deixe punir com castigos físicos os seus alunos. A Christian Fellowship School afirma que bater nos alunos faz parte da educação cristã.
"Está no cerne da religião cristã que os homens nascem com o coração inclinado a todos os tipos de maldade. A disciplina no contexto educacional é, por isso, vital", disse o advogado Paul Diamond, que representa a escola no caso.
Os castigos físicos foram banidos do sistema educacional público britânico em 1986. Em 1998, essa regra foi estendida ao sistema privado de educação.
Diamond afirma que os castigos corporais não são proibidos pela Convenção Européia de Direitos Humanos.
"Na doutrina bíblica, crianças são um presente de Deus, mas são os pais que têm a responsabilidade de cuidar da instrução e da disciplina", disse. O advogado afirma, ainda, que há provas de que os professores não têm mais meios de lidar com a onda de violência nas escolas.
No ano passado, Phil Williamson, diretor da Christian Fellowship School, apoiado por professores e pais de alunos, perdeu em primeira instância uma ação que pedia a liberação de castigos físicos.
Para ele, a proibição de bater nos alunos estaria contrariando os preceitos religiosos professados pela escola.
O juiz do caso afirmou que não há defesa para a atitude de professores que punem crianças com castigos físicos. Nem mesmo com a permissão dos pais.



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