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VENEZUELA
Chávez faz jogo de palavras ao trocar RCTV
FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS
Sai a emissora RCTV,
entra a Teves. Esse é o plano do presidente Hugo
Chávez para o espaço do
canal 2 a partir do dia 28,
data anunciada para o fim
das transmissões do canal
opositor, cuja concessão
não foi renovada pelo governo venezuelano.
Teves, que pode ser traduzido como "você se vê",
é a abreviação para Fundação Televisora Venezuelana Social. Mas a sigla também faz trocadilho com o
slogan "RCT... Vas", parte
da intensa campanha chavista das últimas semanas
para defender o fechamento, rejeitado por 69%
da população, segundo o
instituto Datanálisis.
Segundo o governo, a
Teves não terá como função produzir conteúdo,
mas administrar o uso do
espaço. Os novos programas estarão sob a responsabilidade de entidades
públicas ou privadas, como universidades.
"Antes de tudo, será
uma programação diversificada. Incluiremos documentários nacionais e internacionais (...), e séries
dramáticas de capítulos
curtos", disse Luisana Colomine, diretora de Políticas Públicas do Ministério
da Comunicação (Minci).
"A Venezuela precisa de
TV pública", disse à Folha
Andrés Cañizález, da Universidade Católica Andrés
Bello. "Mas a grande pergunta que me faço é por
que não se faz serviço público com os canais que o
Estado já tem, a VTV, a Vive TV, a Asamblea Nacional, a Telesur? Por que a
TV de serviço público é
pensada tirando do ar um
canal crítico do governo?"
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