São Paulo, sexta-feira, 15 de junho de 2007

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Corte indaga Uribe sobre nexo com paramilitar

Presidente colombiano terá que responder se sabia de reunião com grupos armados

Nos EUA, congressista democrata diz que Casa Branca quer aprovação de tratado de comércio com Colômbia para frear Chávez

DA REDAÇÃO

A Corte Suprema de Justiça da Colômbia pediu ao presidente Álvaro Uribe que responda, em declaração juramentada, se ele teve conhecimento de um encontro entre paramilitares e políticos em 2001.
Em junho daquele ano, paramilitares, deputados, políticos e membros do governo anterior ao de Uribe assinaram um documento, em reunião no norte do país, em que se comprometiam a promover o projeto político das milícias paramilitares de extrema direita de "refundar" o país.
Essas milícias paramilitares surgiram nos anos 80 para combater a guerrilha, mas se envolveram também com narcotráfico, seqüestros e chacinas. A Corte determinou a prisão de 13 congressistas, 12 deles governistas, sob a acusação de vínculos com esses grupos.
Além de perguntar se Uribe sabia do tal encontro, a Corte também questiona a eventual colaboração de políticos do norte do país, vinculados aos paramilitares, com a campanha presidencial de Uribe em 2002.
A terceira pergunta é se o presidente autorizou o senador Miguel de la Espriella, atualmente preso por seus vínculos com paramilitares, a realizar contatos com essas organizações armadas, mesmo que sobre assuntos humanitários ou diálogo de paz.
Em Washington, o presidente da Comissão de Meios e Arbitragens da Câmara dos Deputados, Charles Rangel, afirmou que o governo do presidente George W. Bush está pressionando o Congresso a aprovar o tratado de livre comércio com a Colômbia (TLC) para "frear" o venezuelano Hugo Chávez.
"Quando pergunto ao presidente ou ao secretário do Tesouro ou ao do Comércio, nenhum deles me diz por que esse acordo é bom para os EUA. Todos apenas dizem que o Uribe é contra o Chávez, e por isso temos que aprovar o TLC", disse.
Uribe participou ontem, com os colegas de Bolívia, Peru, Equador e Chile, de cúpula da Comunidade Andina. O bloco decidiu iniciar negociações de livre comércio com a Europa.


Com agências internacionais


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