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Corte indaga Uribe sobre nexo com paramilitar
Presidente colombiano terá que responder se sabia de reunião com grupos armados
Nos EUA, congressista democrata diz que Casa Branca quer aprovação de tratado de comércio com Colômbia para frear Chávez
DA REDAÇÃO
A Corte Suprema de Justiça
da Colômbia pediu ao presidente Álvaro Uribe que responda, em declaração juramentada, se ele teve conhecimento de
um encontro entre paramilitares e políticos em 2001.
Em junho daquele ano, paramilitares, deputados, políticos
e membros do governo anterior
ao de Uribe assinaram um documento, em reunião no norte
do país, em que se comprometiam a promover o projeto político das milícias paramilitares
de extrema direita de "refundar" o país.
Essas milícias paramilitares
surgiram nos anos 80 para
combater a guerrilha, mas se
envolveram também com narcotráfico, seqüestros e chacinas. A Corte determinou a prisão de 13 congressistas, 12 deles
governistas, sob a acusação de
vínculos com esses grupos.
Além de perguntar se Uribe
sabia do tal encontro, a Corte
também questiona a eventual
colaboração de políticos do
norte do país, vinculados aos
paramilitares, com a campanha
presidencial de Uribe em 2002.
A terceira pergunta é se o
presidente autorizou o senador
Miguel de la Espriella, atualmente preso por seus vínculos
com paramilitares, a realizar
contatos com essas organizações armadas, mesmo que sobre assuntos humanitários ou
diálogo de paz.
Em Washington, o presidente da Comissão de Meios e Arbitragens da Câmara dos Deputados, Charles Rangel, afirmou
que o governo do presidente
George W. Bush está pressionando o Congresso a aprovar o
tratado de livre comércio com a
Colômbia (TLC) para "frear" o
venezuelano Hugo Chávez.
"Quando pergunto ao presidente ou ao secretário do Tesouro ou ao do Comércio, nenhum deles me diz por que esse
acordo é bom para os EUA. Todos apenas dizem que o Uribe é
contra o Chávez, e por isso temos que aprovar o TLC", disse.
Uribe participou ontem, com
os colegas de Bolívia, Peru,
Equador e Chile, de cúpula da
Comunidade Andina. O bloco
decidiu iniciar negociações de
livre comércio com a Europa.
Com agências internacionais
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