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País fomentará negociações de desarme global
DO RIO
O Brasil assume hoje a
presidência da sessão
anual da Conferência de
Desarmamento com a missão difícil de destravar os
trabalhos do órgão da
ONU, parados há dez anos.
Em discurso, o chanceler Celso Amorim reivindicará maior participação
dos países sem a bomba
atômica na solução de
questões ligadas à segurança internacional.
Para ele, a "desafortunada identificação dos
cinco membros permanentes do Conselho de Segurança com os cinco Estados nucleares reconhecidos pelo TNP [Tratado de
Não Proliferação Nuclear]
torna as decisões sobre esses temas objeto de uma
espécie de reserva de mercado" que é "anacrônica".
Os trabalhos pararam
sobretudo devido a divergências sobre o acordo que
congelaria a produção de
materiais físseis. O Paquistão e outros países alegam
que isso não sanaria o problema das diferenças nos
estoques.
O Brasil proporá comissões específicas para discutir esses estoques e dois
outros temas -garantias
de que países desarmados
não serão alvo da bomba e
de que não haverá militarização do espaço.
(CA)
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