|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Le Pen crê não haver complô
DE PARIS
O líder de extrema direita Jean-Marie Le Pen declarou ontem que
não acredita que Jacques Chirac
tenha sido vítima de um complô.
"Creio que se trata provavelmente de um maluco e não acho
que tenha havido uma tentativa
de atentado contra o presidente
da República", disse o presidente
da Frente Nacional (FN).
Le Pen negou que haja qualquer
ligação entre o extremista Maxine
Brunerie, que tentou matar Chirac, e seu partido político, que
costuma atrair simpatizantes
neonazistas e skinheads.
"Eu sempre pensei que, se um
dia um louco atirasse no presidente, iriam dizer de uma maneira ou de outra que ele era de extrema direita", afirmou.
Discurso
Chirac disse ontem estar disposto a elevar os gastos militares e pediu para os líderes europeus fazerem o mesmo, para que o continente aumente a sua relevância
na política internacional.
A declaração foi dada em entrevista para a TV realizada anualmente na data de celebração da
Queda da Bastilha. O presidente
não fez comentários sobre a tentativa de atentado contra a sua
pessoa. Chirac soube do incidente
apenas após a entrevista ser concluída.
"Nós precisamos aumentar
nossos gastos militares", disse
Chirac. "Por enquanto, estamos
atrás do Reino Unido e isso tem
sérias consequências para a nossa
força política e para a nossa capacidade de defender os nossos interesses no mundo", acrescentou o
presidente.
"Nossos parceiros europeus
precisam ter a mesma preocupação, caso queiramos ter uma Europa poderosa", afirmou Chirac
na entrevista para a TV francesa.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Grupo de Brunerie é anti-Ocidente Próximo Texto: De Gaulle sofreu vários atentados Índice
|