São Paulo, segunda-feira, 15 de julho de 2002

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Le Pen crê não haver complô

DE PARIS

O líder de extrema direita Jean-Marie Le Pen declarou ontem que não acredita que Jacques Chirac tenha sido vítima de um complô.
"Creio que se trata provavelmente de um maluco e não acho que tenha havido uma tentativa de atentado contra o presidente da República", disse o presidente da Frente Nacional (FN).
Le Pen negou que haja qualquer ligação entre o extremista Maxine Brunerie, que tentou matar Chirac, e seu partido político, que costuma atrair simpatizantes neonazistas e skinheads.
"Eu sempre pensei que, se um dia um louco atirasse no presidente, iriam dizer de uma maneira ou de outra que ele era de extrema direita", afirmou.

Discurso
Chirac disse ontem estar disposto a elevar os gastos militares e pediu para os líderes europeus fazerem o mesmo, para que o continente aumente a sua relevância na política internacional.
A declaração foi dada em entrevista para a TV realizada anualmente na data de celebração da Queda da Bastilha. O presidente não fez comentários sobre a tentativa de atentado contra a sua pessoa. Chirac soube do incidente apenas após a entrevista ser concluída.
"Nós precisamos aumentar nossos gastos militares", disse Chirac. "Por enquanto, estamos atrás do Reino Unido e isso tem sérias consequências para a nossa força política e para a nossa capacidade de defender os nossos interesses no mundo", acrescentou o presidente.
"Nossos parceiros europeus precisam ter a mesma preocupação, caso queiramos ter uma Europa poderosa", afirmou Chirac na entrevista para a TV francesa.


Com agências internacionais


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