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Premiê diz ser de classe média para se aproximar do eleitorado
DE LONDRES
No seu tempo como premiê, Gordon Brown era carrancudo, gritava com os subordinados e não tinha paciência com o público. David
Cameron quer ser o oposto.
Mostra-se gentil e sai em
caravana para falar com a população. Na maioria das vezes, usa um tom descontraído, tira o paletó e exibe o que
parece ser seu uniforme: camisa branca e gravata azul.
Numa dessas conversas,
em Brighton, cometeu uma
gafe e teve de se desculpar
por outra. Primeiro disse que
o Irã já tem bombas atômicas, quando o país é acusado
por EUA e Europa de buscar
tecnologia para fazer uma.
Depois uma eleitora de 75
anos cobrou o premiê por ele
ter dito, nos EUA, que o Reino Unido foi um "parceiro júnior" dos americanos na luta
contra os nazistas em 1940.
Na verdade, os EUA só entraram na guerra em 1941.
"Quem você considera que
era o parceiro sênior do Reino Unido quando lutamos
sozinhos nos primeiros dois
anos e meio da guerra",
questionou Kathy Finn.
Cameron tentou consertar
e disse que a intenção era dizer "os anos 40", não 1940.
O premiê é jovem, tem apenas 43 anos, e apesar de ser
de família nobre e de ter frequentado as melhores escolas do país (Eton e Oxford),
insiste em dizer que é de classe média. O que às vezes provoca risadas.
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