São Paulo, domingo, 15 de agosto de 2010

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Premiê diz ser de classe média para se aproximar do eleitorado

DE LONDRES

No seu tempo como premiê, Gordon Brown era carrancudo, gritava com os subordinados e não tinha paciência com o público. David Cameron quer ser o oposto.
Mostra-se gentil e sai em caravana para falar com a população. Na maioria das vezes, usa um tom descontraído, tira o paletó e exibe o que parece ser seu uniforme: camisa branca e gravata azul.
Numa dessas conversas, em Brighton, cometeu uma gafe e teve de se desculpar por outra. Primeiro disse que o Irã já tem bombas atômicas, quando o país é acusado por EUA e Europa de buscar tecnologia para fazer uma.
Depois uma eleitora de 75 anos cobrou o premiê por ele ter dito, nos EUA, que o Reino Unido foi um "parceiro júnior" dos americanos na luta contra os nazistas em 1940. Na verdade, os EUA só entraram na guerra em 1941.
"Quem você considera que era o parceiro sênior do Reino Unido quando lutamos sozinhos nos primeiros dois anos e meio da guerra", questionou Kathy Finn.
Cameron tentou consertar e disse que a intenção era dizer "os anos 40", não 1940.
O premiê é jovem, tem apenas 43 anos, e apesar de ser de família nobre e de ter frequentado as melhores escolas do país (Eton e Oxford), insiste em dizer que é de classe média. O que às vezes provoca risadas.


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