EUA - O jornal nova-iorquino diz que Vladimir Putin deu vazão "a seus mais funestos instintos" ao se deparar, agora, com a principal crise de sua Presidência.
Os serviços de segurança russos precisavam ser revitalizados depois da tragédia de Beslan. Mas, para fazê-lo, Putin encontrou um pretexto para sufocar os vestígios democratizantes da era Ieltsin e recolocar a Rússia no rumo de sua longa história de poder autocrático, segundo o New York Times".
As medidas anunciadas -nomear governadores em lugar de permitir que eles sejam eleitos- não têm conexão com a eficácia no combate ao terrorismo. Refletem, diz o jornal, a "agenda antidemocrática" de Putin.
Ele tem se dedicado intensamente a ela ao marginalizar a oposição, ao controlar a mídia e ao perseguir empresários que contestem sua dominação.
A resposta aos problemas russos, entre eles corrupção e terrorismo, é mais democracia, e não menos, argumenta o jornal. Um país da dimensão da Rússia não pode depender de governadores nomeados pelo Kremlin.
A sensação de que todo o poder emana de Putin levou os russos a recriminá-lo pelo desfecho desastroso da crise aberta com o seqüestro de Beslan.


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