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ORIENTE MÉDIO
Medida é parte do plano de retirada de colônias
Governo aprova compensação de até US$ 670 mi para colonos de Gaza
DA REDAÇÃO
O gabinete de segurança de Israel aprovou um orçamento de
US$ 550 milhões -que pode ser
elevado para US$ 670 milhões-
para compensar os cerca de 8.000
colonos judeus que devem ser removidos da faixa de Gaza e de
partes da Cisjordânia caso o plano
do premiê Ariel Sharon seja levado adiante.
Cada uma das famílias de colonos deve receber um valor entre
US$ 200 mil e US$ 500 mil, dependendo do tamanho de suas casas e
do tempo em que está vivendo
nos assentamentos.
O pagamento será adiantado
para as famílias que aceitarem
deixar espontaneamente as colônias. Todos os colonos serão realocados dentro do território israelense. O processo de remoção dos
assentamentos -incluído os gastos com as indenizações- deve
custar cerca de US$ 1 bilhão.
A decisão foi aprovada por 9 votos a 1 (um integrante do Partido
Nacional Religioso votou contra)
e é o primeiro passo concreto de
Sharon para a retirada dos colonos da faixa de Gaza. O plano para
a remoção dos assentamentos enfrenta forte oposição dos colonos
e da direita israelense -inclusive
dentro do partido do premiê.
Sharon, que conta com o apoio
da maioria da população israelense, dos EUA e da ONU, considera
inviável a manutenção dos assentamentos na faixa de Gaza -que
foram defendidos por ele no passado-, onde os colonos vivem
em meio a 1,3 milhão de palestinos, o que demanda um forte aparato de segurança.
A votação de ontem foi realizada um dia depois de o ministro
das Finanças e principal rival de
Sharon dentro do governo, Binyamin Netanyahu, ter defendido
a convocação de um referendo. O
premiê disse ao diário israelense
"Haaretz" que é contra a votação
-na qual, segundo pesquisas, seria favorito- pois ela atrasaria
todo o processo, previsto para ser
encerrado no fim de 2005.
Netanyahu afirmou ontem que
a proposta de referendo não é
uma tática para atrasar a remoção, mas para impedir um racha
na população. Sobre as compensações, que são da alçada de seu
ministério, Bibi disse que "se trata
de uma soma razoável para uma
família de quatro pessoas".
O ministro acrescentou que teme que, durante o processo legislativo no Knesset, a compensação
seja elevada. Esse orçamento não
estará incluído na meta de déficit
do governo.
Com agências internacionais
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