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Por segurança, Bagdá entra em "recesso"
DA REDAÇÃO
Diante da ameaça de ataques da
insurgência sunita durante a realização do plebiscito de hoje, uma
grande operação de segurança foi
montada para tentar frear a violência nos pontos mais visados do
território iraquiano.
Centenas de policiais e soldados
do Exército do Iraque foram destacados para várias partes de Bagdá. Ontem, o trânsito diminuiu de
maneira significativa na capital
do país, com poucos pedestres
nas ruas e muitas lojas e centros
comerciais fechados. Hoje todos
os carros sem permissão especial
estarão proibidos de circular, e é
esperado que a população compareça a pé a um dos 6.100 pontos
de votação no país.
Tropas da coalizão liderada pelos EUA fecharam as fronteiras
iraquianas -crê-se que muitos
insurgentes venham de fora do
país-, assim como o aeroporto
internacional de Bagdá. Desde
anteontem, foi decretado toque
de recolher entre as 22h e as 6h da
manhã do dia seguinte. Escritórios do governo e escolas também
permanecerão sem atividade até a
realização do plebiscito.
Anteontem, no chamado
"Triângulo da Morte", tropas iraquianas fizeram buscas em carros, dentro de um grande esquema de segurança. Helicópteros
norte-americanos sobrevoaram a
área. O "Triângulo da Morte" está
localizado ao sul de Bagdá e é conhecido pela grande ocorrência
de seqüestros e assassinatos. É
uma região predominantemente
sunita.
"Nós esperamos que seja possível impedir que os terroristas matem a nossa felicidade amanhã",
disse Imad Lefta, prefeito de Hilla,
cidade ao sul de Bagdá, alvo de
um atentado há dez dias, em que
dez pessoas morreram em uma
mesquita.
Em Duluiya, ao norte da capital
iraquiana, insurgentes distribuíram folhetos e ameaçaram assassinar quem votasse a favor da
aprovação da Constituição.
Nos últimos 19 dias, cerca de
450 pessoas morreram em atentados organizados pelos insurgentes, a maioria em ataques com
carros-bomba.
Com agências internacionais
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