|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RÚSSIA
Enfrentamentos duraram 2 dias
Cerco a tchetchenos acaba com 108 mortos
DA REDAÇÃO
Soldados e policiais russos vasculharam ontem a cidade de Nalchik, na república meridional de
Kabardino-Balkária, procurando
supostos terroristas islâmicos que
lançaram uma série de ataques
contra prédios públicos anteontem. A operação terminou com
108 mortos, segundo Moscou.
Autoridades locais e federais
afirmaram que os enfrentamentos tinham terminado e que a situação estava sob controle um dia
depois que ataques reivindicados
por rebeldes tchetchenos provocaram o caos em Nalchik.
No entanto fontes oficiais que
pediram anonimato admitiram
que trabalhavam com a possibilidade de os militantes tchetchenos
terem se misturado com a população para tentar voltar a atacar
em breve.
O presidente Vladimir Putin declarou que a Rússia enfrentará
qualquer ataque com "dureza e
determinação", mas o sangrento
episódio mostrou que a violência
está se disseminando pelas outras
repúblicas majoritariamente muçulmanas do sul da Rússia, situadas no norte do Cáucaso.
Enquanto autoridades anunciavam que a situação estava sob
controle, ficou claro que os rebeldes mantinham pelo menos 18
pessoas presas em diferentes locais da cidade.
Ao menos uma loja e dois prédios públicos foram invadidos
pelas forças russas ontem para libertar reféns. Pelo menos nove reféns foram libertados pelas forças
de segurança.
"É terrível que bandidos do gênero ainda consigam realizar seus
ataques em território russo. É
uma grande tragédia que tenhamos de chorar a perda de membros das forças de segurança e de
civis inocentes", declarou Putin.
O governador de Kabardino-Balkária, Arsen Kanokov, afirmou que tais ataques ocorrem
porque as condições sociais na região são péssimas.
"Os baixos níveis de renda da
população e o alto desemprego
criaram condições para que extremistas religiosos e outras forças destruidoras conduzissem
uma guerra ideológica contra
nós", afirmou Kanokov.
Os ataques de anteontem ocorreram num momento em que o
governo russo realiza uma vasta
campanha na região para descreditar o extremismo islâmico, que,
de acordo com Moscou, é sobretudo wahabista.
Com agência internacional
Texto Anterior: Proliferação nuclear: Irã busca a bomba há 18 anos, dizem EUA Próximo Texto: Panorâmica - Pós-Katrina: EUA vão doar carne rejeitada para outro país Índice
|