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TRAGÉDIA NA ÁSIA
Menina de 18 meses foi encontrada viva
Encerrada a procura por sobreviventes ao tremor no Paquistão
DA REDAÇÃO
Enquanto as equipes que trabalham na procura de sobreviventes
ao terremoto que atingiu o sul da
Ásia desistiam oficialmente da
busca, uma menina de 18 meses
foi resgatada na cidade de Balimang, no noroeste do Paquistão.
A criança foi encontrada, inconsciente, nos escombros de
uma habitação, ao lado dos corpos de sua mãe e de dois irmãos.
Seu pai, como ela, sobreviveu ao
tremor que, há uma semana, destruiu a região da Caxemira, na
fronteira entre Índia e Paquistão.
A menina recebeu os primeiros
socorros da equipe que a resgatou
e recobrou a consciência. Segundo entrevista que o pai da criança
deu a uma rede de TV paquistanesa, ela está com a mão direita e a
perna esquerda quebradas.
As equipes enviadas por diversos países para o Paquistão -país
onde o terremoto deixou o maior
número de mortos, 25 mil- a fim
de ajudar no resgate de corpos e
na procura por sobreviventes estão agora concentrando os esforços no auxílio às pessoas que estão vivas. "Após o sexto ou o sétimo dia, é muito difícil achar alguém vivo", disse o socorrista turco Selahatin Durmaz.
Embora ajuda em material, alimentos, remédios e pessoal esteja
chegando à região atingida de todos os cantos do mundo -segundo a ONU, a comunidade internacional prometeu US$ 350
milhões em ajuda-, John Egeland, coordenador de ajuda humanitária das Nações Unidas,
afirmou que "gostaria de ver uma
resposta ainda mais rápida".
"Esse foi um terremoto enorme,
agravado mil vezes pela topografia da região [montanhosa]", justificou Egeland.
Além das dificuldades impostas
ao socorro pelo terreno, a previsão de tempo para hoje não ajudava: deveria chover, e a temperatura poderia baixar a 3C à noite.
E, como se não bastasse, tremores
de terra secundários têm sido freqüentes. Meteorologistas disseram à agência de notícias Reuters
que ocorreram 70 terremotos secundários num período de 24 horas, entre quarta e quinta-feira, e
essa atividade sísmica pode continuar por meses, talvez anos.
O ditador do Paquistão, Pervez
Musharraf, e o premiê Shaukat
Aziz participaram de orações em
memória das vítimas ontem.
Com agências internacionais
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