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MISSÃO NO CARIBE
Para Marco Aurélio Garcia, ação do Brasil respeita os direitos humanos e ajuda processo eleitoral
Para assessor de Lula, Haiti criou um "novo paradigma"
CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A SALAMANCA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva defenderá hoje, em seu
discurso na 15ª Cúpula Ibero-Americana, a Operação Haiti, iniciativa do próprio Brasil, mais Espanha, Chile e Argentina. É um
dos mais polêmicos pontos da política externa brasileira.
Para Marco Aurélio Garcia, assessor internacional de Lula, no
entanto, não há por que polêmica,
pois a intervenção no Haiti estaria
criando "um novo paradigma de
tratamento desse tipo de questão"
(pacificação e normalização institucional de um país conflagrado).
Garcia tem dificuldades, no entanto, em explicar no que consiste
exatamente o "novo paradigma",
na medida em que o envio de tropas de paz, acompanhadas de esforços pela reconstrução física e
institucional de um país, tem sido
uma constante. O que difere, sim,
são os resultados.
É neles que se agarra o assessor
de Lula para estabelecer a diferença: "Foi uma intervenção respeitosa aos direitos humanos e com
número mínimo de baixas", diz.
É óbvio que a comparação vale
para, por exemplo, as ações lideradas pelos EUA no Afeganistão,
primeiro, e no Iraque, depois, que
produziram baixas em grandes
quantidades e não respeitaram os
direitos humanos.
Marco Aurélio vê um outro ângulo que justificaria a intervenção
no Haiti: "Tenho testemunhos diretos que dizem que, sem a força
de paz, dificilmente eles teriam a
possibilidade de participar no
processo eleitoral" (o processo
eleitoral haitiano foi adiado nesta
semana pela quarta vez, mas a
eleição continua marcada).
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