São Paulo, quinta-feira, 15 de outubro de 2009

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Reino Unido vai mandar mais 500 militares ao Afeganistão

Primeiro-ministro Gordon Brown pede, no entanto, contrapartidas a Cabul

DA REDAÇÃO

O premiê britânico, Gordon Brown, anunciou ontem que enviará mais 500 soldados ao Afeganistão, mas impôs como condição que a Otan e Cabul façam mais na luta contra o Taleban e a Al Qaeda.
Especialistas consideraram pequeno o aumento das tropas -que passarão de 9.000 para 9.500 soldados, a segunda maior força no país-, e também uma demonstração do apoio britânico ao conflito num momento em que os EUA avaliam se enviarão ou não mais soldados para o país asiático.
Ontem, o presidente Barack Obama reuniu-se por três horas com sua equipe de segurança, a quinta reunião convocada desde a semana passada para discutir opções para a guerra. Mas ainda não foi decidido se haverá um incremento das tropas, como foi pedido pelo comandante dos EUA no Afeganistão, Stanley McChrystal.
Na Câmara dos Comuns, onde fez o anúncio, Brown não especificou que contribuições espera dos aliados da Otan (aliança militar ocidental), mas exigiu medidas afegãs, como o treinamento de tropas locais para combater a insurgência ao lado das forças internacionais.
O premiê disse que recebeu garantias do presidente, Hamid Karzai, e de Abdullah Abdullah, seu principal concorrente na eleição presidencial de agosto -cujos votos ainda estão sendo recontados por suspeitas de fraude-, de que mais soldados serão colocadas à disposição.
Brown também cobrou uma melhor performance administrativa do governo de Cabul, como o combate à corrupção.
A guerra afegã é cada vez mais impopular no Reino Unido. Pesquisa publicada ontem pelo "Times" mostra que 36% da população quer que os soldados voltem para casa, contra 29% há um mês. Desde o início da invasão, em 2001, 221 militares britânicos morreram.

Com agências internacionais



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