|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Reino Unido vai mandar mais 500 militares ao Afeganistão
Primeiro-ministro Gordon Brown pede, no entanto, contrapartidas a Cabul
DA REDAÇÃO
O premiê britânico, Gordon
Brown, anunciou ontem que
enviará mais 500 soldados ao
Afeganistão, mas impôs como
condição que a Otan e Cabul façam mais na luta contra o Taleban e a Al Qaeda.
Especialistas consideraram
pequeno o aumento das tropas
-que passarão de 9.000 para
9.500 soldados, a segunda
maior força no país-, e também uma demonstração do
apoio britânico ao conflito num
momento em que os EUA avaliam se enviarão ou não mais
soldados para o país asiático.
Ontem, o presidente Barack
Obama reuniu-se por três horas com sua equipe de segurança, a quinta reunião convocada
desde a semana passada para
discutir opções para a guerra.
Mas ainda não foi decidido se
haverá um incremento das tropas, como foi pedido pelo comandante dos EUA no Afeganistão, Stanley McChrystal.
Na Câmara dos Comuns, onde fez o anúncio, Brown não especificou que contribuições espera dos aliados da Otan (aliança militar ocidental), mas exigiu medidas afegãs, como o
treinamento de tropas locais
para combater a insurgência ao
lado das forças internacionais.
O premiê disse que recebeu
garantias do presidente, Hamid
Karzai, e de Abdullah Abdullah,
seu principal concorrente na
eleição presidencial de agosto
-cujos votos ainda estão sendo
recontados por suspeitas de
fraude-, de que mais soldados
serão colocadas à disposição.
Brown também cobrou uma
melhor performance administrativa do governo de Cabul, como o combate à corrupção.
A guerra afegã é cada vez
mais impopular no Reino Unido. Pesquisa publicada ontem
pelo "Times" mostra que 36%
da população quer que os soldados voltem para casa, contra
29% há um mês. Desde o início
da invasão, em 2001, 221 militares britânicos morreram.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Lugo dá acesso a arquivos das Forças Armadas paraguaias Próximo Texto: EUA-Rússia: Hillary defende liberdade no fim de visita a Moscou Índice
|