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EUA
Após "fita de Bin Laden", oposição critica guerra ao terror
Bush e Congresso fazem acordo para investigar 11 de setembro
DA REDAÇÃO
A Casa Branca declarou ontem
que chegou a um acordo com líderes do Congresso para criar
uma comissão independente e bipartidária para investigar os ataques do 11 de setembro nos EUA.
"Chegamos a um acordo sobre
as questões que faltavam e acreditamos que estamos perto de aprovar uma forte comissão bipartidária que investigará uma ampla variedade de questões", disse o porta-voz da Casa Branca Scott
McClellan à agência Reuters.
A comissão de dez membros seria liderada por um presidente
nomeado por Bush e um vice-presidente democrata.
Mais cedo, o líder do Partido
Democrata no Senado, Tom
Daschle, dissera que o fracasso
dos EUA em capturar Osama Bin
Laden levantava dúvidas "sobre
se estamos ganhando ou não a
guerra ao terrorismo".
Suas críticas ao governo do republicano George W. Bush foram
feitas no dia em que especialistas
dos serviços de inteligência americanos disseram estar quase certos de que a fita divulgada nesta
semana pela TV árabe Al Jazeera
foi gravada pelo terrorista.
"Os indícios não nos permitem
ter 100% de certeza, mas tendemos acreditar que é ele", disse
uma autoridade americana que
trabalha na análise da voz contida
na fita. Se confirmado que o áudio
foi mesmo gravado por Bin Laden, seria a prova mais concreta
de que ele continua vivo. O líder
da rede terrorista Al Qaeda teria
sido visto pela última vez em dezembro do ano passado, em Tora
Bora, no leste do Afeganistão.
"Não conseguimos achar Bin
Laden. Não fizemos avanços reais
nas buscas por elementos da Al
Qaeda", disse Daschle. "Eles são
hoje uma ameaça tão grande
quanto há um ano e meio. De que
forma, então, podemos dizer que
obtivemos sucesso até agora?"
Bush disse nesta semana que as
declarações atribuídas a Bin Laden -elogiando atentados como
o de Bali e ameaçando países aliados dos EUA- deixam "o mundo em alerta". Mas afirmou que
os esforços antiterror em todo o
mundo têm surtido efeitos.
"Parece que ele [Bin Laden]
consegue ir aonde quiser", disparou Daschle, observando que as
autoridades precisam melhorar
seus esforços na caça ao terrorista.
Com agências internacionais
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