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PAQUISTÃO
Explosão acontece instantes após carro passar
Ditador Musharraf é alvo de novo atentado a bomba e escapa ileso
DA REDAÇÃO
O ditador do Paquistão, Pervez
Musharraf, escapou ileso de um
atentado ontem em Rawalpindi.
Instantes após seu carro passar
por uma ponte da cidade distante
apenas 15 quilômetros da capital,
Islamabad, uma explosão atingiu
o local, sem deixar feridos.
"Certamente foi um ato terrorista. E certamente eu era o alvo",
disse Musharraf depois do ataque. Até o momento, o atentado
não foi reivindicado por nenhum
movimento extremista.
O ditador ganhou a ira dos grupos islâmicos do Paquistão em
decorrência de seu alinhamento
com os Estados Unidos após os
ataques de 11 de setembro de 2001.
Musharraf não deu apoio ao regime Taleban do Afeganistão e promoveu uma caça a terroristas da
Al Qaeda em seu país, prendendo
centenas de suspeitos e entregando vários deles aos EUA.
Entre esses estava Khalid Sheikh
Mohammed, capturado em Rawalpindi no começo deste ano e
apontado como um dos idealizadores dos ataques ao Pentágono e
ao World Trade Center. Muitos
acreditam que Osama bin Laden
possa estar escondido em algum
ponto da fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão.
Outros atentados
Musharraf já sobreviveu a pelo
menos outros dois atentados no
passado. Em outubro, uma corte
de Karachi condenou três muçulmanos a dez anos de prisão por
uma tentativa de assassinato.
Em novembro, Musharraf colocou na ilegalidade seis grupos militantes depois de os EUA terem
reclamado que eles apenas teriam
mudado de nome após receberem um banimento prévio.
O general Pervez Musharraf
chegou ao poder em 1999 por
meio de um golpe que derrubou o
premiê Nawaz Sharif. No ano passado, Musharraf promoveu eleições legislativas no país. Antes,
porém, modificou a Constituição
para ter o direito de fechar o Parlamento se assim o desejar.
Um dos principais aliados dos
Estados Unidos na região, Musharraf é visto por diplomatas e
analistas ocidentais como fundamental para a estabilidade política
do país. Segundo estes, sua saída
do poder deixaria o Paquistão
-que há mais de 50 anos vive em
conflito com a Índia- em uma
posição bastante vulnerável.
Com agências internacionais
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