São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

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Premiê britânico oferece "ajuda antiterror" a Paquistão e Índia

Brown quer que sua polícia interrogue os suspeitos do atentado em Mumbai

DA REDAÇÃO

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, ofereceu ontem ajuda aos governos paquistanês e indiano no combate ao terrorismo, em uma tentativa de reduzir a crescente tensão entre os dois países após os atentados de novembro em Mumbai. A Índia culpa extremistas paquistaneses pela matança de 171 pessoas.
Em visita a Islamabad, depois de passar por Nova Déli, Brown ofereceu ao primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, e ao presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, que a polícia britânica interrogasse os suspeitos do ataque presos pelos dois países.
O apoio britânico inclui a oferta de artefatos de segurança aeroportuária, de investigação forense e de desativação de bombas, além de um programa educacional de US$ 8,5 milhões. No "pacto contra o terror" proposto, o Reino Unido treinaria a polícia paquistanesa em técnicas antiterrorismo.
As medidas, disse o premiê, ajudariam a "quebrar o elo de terror que liga as montanhas do Afeganistão e do Paquistão às ruas do Reino Unido".
Os dois países asiáticos são ex-colônias britânicas, e as forças de segurança de Londres temem que sejam também exportadores de logística terrorista ao Reino Unido. Os atentados de 2005 em Londres são atribuídos a extremistas britânicos ligados ao Paquistão.
Paquistaneses e indianos, ambos donos de tecnologia nuclear, já travaram três guerras desde sua independência dos britânicos e da partilha, em 1947, e até hoje disputam a Caxemira, que tem cerca 60% de seu território na Índia, 30% no Paquistão e 10% na China.
As acusações mútuas só cresceram desde os atentados em Mumbai. Mas ontem tanto Singh como Zardari baixaram o tom. O indiano disse que quer "normalizar suas relações com o Paquistão". Depois da visita de Brown, Zardari declarou que se formava uma oportunidade de reconstruir pontes diplomáticas e "levar a relação com a Índia a um outro nível".

Com agências internacionais


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