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Premiê britânico oferece "ajuda antiterror" a Paquistão e Índia
Brown quer que sua polícia interrogue os suspeitos do atentado em Mumbai
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, ofereceu
ontem ajuda aos governos paquistanês e indiano no combate ao terrorismo, em uma tentativa de reduzir a crescente
tensão entre os dois países após
os atentados de novembro em
Mumbai. A Índia culpa extremistas paquistaneses pela matança de 171 pessoas.
Em visita a Islamabad, depois de passar por Nova Déli,
Brown ofereceu ao primeiro-ministro indiano, Manmohan
Singh, e ao presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, que a polícia britânica interrogasse os
suspeitos do ataque presos pelos dois países.
O apoio britânico inclui a
oferta de artefatos de segurança aeroportuária, de investigação forense e de desativação de
bombas, além de um programa
educacional de US$ 8,5 milhões. No "pacto contra o terror" proposto, o Reino Unido
treinaria a polícia paquistanesa
em técnicas antiterrorismo.
As medidas, disse o premiê,
ajudariam a "quebrar o elo de
terror que liga as montanhas do
Afeganistão e do Paquistão às
ruas do Reino Unido".
Os dois países asiáticos são
ex-colônias britânicas, e as forças de segurança de Londres temem que sejam também exportadores de logística terrorista ao Reino Unido. Os atentados de 2005 em Londres são
atribuídos a extremistas britânicos ligados ao Paquistão.
Paquistaneses e indianos,
ambos donos de tecnologia nuclear, já travaram três guerras
desde sua independência dos
britânicos e da partilha, em
1947, e até hoje disputam a Caxemira, que tem cerca 60% de
seu território na Índia, 30% no
Paquistão e 10% na China.
As acusações mútuas só cresceram desde os atentados em
Mumbai. Mas ontem tanto
Singh como Zardari baixaram o
tom. O indiano disse que quer
"normalizar suas relações com
o Paquistão". Depois da visita
de Brown, Zardari declarou que
se formava uma oportunidade
de reconstruir pontes diplomáticas e "levar a relação com a
Índia a um outro nível".
Com agências internacionais
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